João Leão substitui Mário Centeno como ministro de Estado e das Finanças
9 de jun. de 2020, 12:10
— Lusa/AO Online
Segundo uma nota publicada no portal da
Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa recebeu de
António Costa "as propostas de exoneração, a seu pedido, do ministro de
Estado e das Finanças, professor doutor Mário Centeno, e de nomeação,
em sua substituição, do professor doutor João Leão".O Presidente da República "aceitou as propostas", lê-se na mesma nota.João
Leão é doutorado em Economia pelo Massachusetts Institute of technology
(MIT) e integrou a equipa económica de António Costa logo em 2015,
tendo feito parte do grupo de economistas preparou o cenário
macroeconómico que acompanhou o programa eleitoral do PS.
Secretário de Estado do Orçamento desde novembro de 2015, João Leão tem
sido responsável pela política orçamental dos governos de António
Costa. Será João Leão que, no próximo dia
17, vai apresentar na Assembleia da República, a proposto do Governo de
Orçamento Suplementar hoje aprovada em Conselho de Ministros.Fonte
do executivo disse à agência Lusa que a substituição de Mário Centeno
por João Leão "constitui um garante natural de continuidade dos
resultados alcançados pela governação em matéria de finanças públicas".
De acordo com a mesma fonte, o ainda secretário de Estado do Orçamento
possui "um sólido conhecimento da economia portuguesa, tendo liderado o
Gabinete de Estudos do Ministério da Economia durante cinco anos,
durante a vigência de distintos governos".No
plano político, João Leão é considerado próximo do presidente da Câmara
de Lisboa, Fernando Medina, de quem foi assessor do secretário de
Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento entre 2009 e 2010,
durante o segundo Governo socialista de José Sócrates.Já
no que respeita ao ministro cessante de Estado e das Finanças, Mário
Centeno, anuncia formalmente na próxima quinta-feira que não é candidato
a novo mandato à frente do fórum informal de ministros das Finanças da
zona euro.Há um mês, o jornal alemão
Frankfurter Allgemeine Zeitung adiantava que Centeno tinha decidido não
se candidatar a um segundo mandato como líder do Eurogrupo, mas o
ministro das Finanças sempre se recusou a revelar qual a sua decisão.Eleito
em dezembro de 2017, Mário Centeno sucedeu ao holandês Jeroen
Dijsselbloem na presidência do Eurogrupo em janeiro de 2018, para um
mandato de dois anos e meio, que expira assim em julho próximo.