João Ferreira contra eleições de “passeio” para agendas “populistas"
Presidenciais
17 de nov. de 2020, 12:34
— Lusa/AO Online
A afirmação
foi deixada pelo eurodeputado comunista na apresentação da mandatária
nacional da candidatura numa cerimónia num hotel de Lisboa, em que
Heloísa Apolónia, a ex-deputada do Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV),
terminou o discurso a adaptar um 'slogan' de legislativas anteriores:
“João, avança com toda a confiança.”João
Ferreira, que deixou um elogio à dirigente dos Verdes pela sua “luta”
pelos direitos sociais e ambientais, e a quem qualificou de “selo de
garantia” na defesa do ambiente da sua candidatura, apelou à valorização
das presidenciais.“São demasiado
importantes para que, quem quer que seja, se distancie delas”, “não
podem passar ao lado dos portugueses”, afirmou, sem dar um destinatário
concreto à frase que se seguiu.“As
eleições não são um passeio na avenida. Não são um desfile de
personalidades, nem uma marcação de espaço de agendas mais ou menos
populistas, mais ou menos reacionárias”, disse.O
que está em causa, insistiu, é a defesa da Constituição, garante de
direitos, como o da saúde, num momento de pandemia de covid-19, ou na
defesa do “enlace” de direitos, laborais, sociais e ambientais.E
foi aí que entrou o elogio à ex-deputada dos Verdes, que será a sua
mandatária nacional, ao dizer que ela soube ligar “questões ambientais e
sociais”, mas também fazer “a estreita associação de ambas com as
questões económicas”, a defender a “pequena e média agricultura, o papel
da agricultura familiar no mundo rural, a importância da soberania
alimentar, da produção nacional, da produção e consumo locais”.Depois,
a dirigente do PEV retribuiu o elogio com várias frases, de que se
destaca: “O João, para além da enorme consciência social, alia a essa
dimensão uma profunda consciência ambiental. Isso é visível, não apenas a
partir da sua formação académica, mas também a partir da sua
intervenção política. E Portugal precisa dessa aliança entre a dimensão
social e a dimensão ambiental para nortear o rumo político do país”.Prometeu, por fim, trabalhar para “alargar”, “crescer”, “ganhar uma imensa dinâmica”, “agregar cada vez mais pessoas”.Jerónimo
de Sousa, o secretário-geral do PCP, esteve presente na sessão,
assistiu, bateu palmas e saiu sem falar, nem aos militantes nem aos
jornalistas.