Jerónimo promete evento exemplar e mantém tabu sobre liderança
PCP/Congresso
18 de nov. de 2020, 15:32
— Lusa/AO Online
“O
Presidente da República não obstaculizou nem levantou dúvidas ou
dificuldades em relação à sua realização [do congresso comunista]”,
garantiu Jerónimo de Sousa, à saída de uma audiência no Palácio de
Belém, adiantando que tem havido ligação com a Direção-Geral da Saúde na
preparação do evento.O líder do PCP
sublinhou que o partido já se decidiu pela redução para metade do número
de delegados inscritos e a ausência dos “milhares de convidados” e
membros de delegações estrangeiras.“O
nosso congresso vai ser um exemplo demonstrativo de que é possível
exercer direitos e liberdades (ato cultural, evento, pequena
restauração). Vai demonstrar. Vão ser tomadas todas as medidas
sanitárias, em termos de circulação, proteção individual, o que permite
dar garantias” de proteção da saúde dos participantes, assegurou.Questionado
insistentemente sobre a sua disponibilidade para continuar à frente do
partido que lidera desde 2004, Jerónimo de Sousa reiterou as respostas
evasivas que vem dando desde há mais de um ano.“É
o Comité Central que vai ser eleito que elege o secretário-geral. Não
se trata de nenhum presidencialismo, trata-se de uma opção que o Comité
Central vai ter de tomar. Já disse isto aí 50 vezes, mas repito: posso
garantir que não vai ser um problema”, disse.Jerónimo
esteve acompanhado pelo líder parlamentar, João Oliveira, no encontro
com o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, que está a ouvir os nove
partidos com assento parlamentar desde terça-feira sobre a pandemia de
covid-19, o estado de emergência e o Orçamento do Estado para 2021.“Aquilo
que estou a ser é um militante comunista que procura dar uma
contribuição para o reforço do seu partido e continuar a atividade, seja
em que circunstância for, na defesa dos interesses dos trabalhadores e
do povo. Essa é a minha disponibilidade, independentemente do grau de
responsabilidade que possa assumir” concluiu.