Itália vai disponibilizar mais 3.400 soldados para países da NATO
Ucrânia
25 de fev. de 2022, 16:57
— Lusa/AO Online
Draghi
confirmou que a Itália está preparada para mobilizar inicialmente 1.400
homens e mulheres do exército, marinha e força aérea, e, mais tarde,
2.000 soldados adicionais, para atuarem na “zona de responsabilidade da
NATO”.Várias centenas de soldados italianos já estão destacados na Lituânia e na Roménia."A
Itália e a NATO querem enviar uma mensagem de unidade e solidariedade à
causa ucraniana e à defesa da arquitetura de segurança europeia",
explicou o primeiro-ministro italiano, numa comunicação no Parlamento."A
nossa prioridade deve ser fortalecer a segurança do nosso continente e
exercer a maior pressão sobre a Rússia para que retire as suas tropas e
volte à mesa de negociações", disse Draghi.O
chefe de Governo italiano também anunciou uma ajuda de 110 milhões de
euros à Ucrânia, "para fins humanitários e estabilização
macrofinanceira", bem como ajuda em equipamentos militares "em
particular no setor de desminagem e fornecimento de equipamento de
proteção”.Draghi disse ainda que o seu
Governo está a trabalhar para lidar com uma possível crise energética,
na sequência da invasão russa na Ucrânia, que deverá afetar
economicamente a Itália, tendo em conta a elevada dependência do gás
russo.O primeiro-ministro italiano disse que estão a ser estudadas as reaberturas de centrais de energia a carvão."Esperamos que esses planos não sejam necessários. Mas não podemos ser apanhados desprevenidos", disse Draghi.O
chefe do Governo italiano anunciou que as medidas de emergência em
estudo "incluem a maior flexibilização no consumo de gás, suspensões no
setor industrial e regras sobre o consumo de gás no setor termoelétrico,
onde também há medidas de redução".Draghi lembrou que, hoje, cerca de 45% do gás importado pela Itália vem da Rússia, contra 27% há dez anos.O
Governo italiano também pretende trabalhar para aumentar os fluxos de
gasodutos que não estão em sobrecarga, como o TAP do Azerbaijão, o
TransMed da Argélia e da Tunísia e o Green Stream da Líbia.Draghi
admitiu que poderá ser "necessário reabrir as centrais a carvão, para
colmatar imediatamente eventuais deficiências", apesar de essas centrais
terem sido encerradas devido ao seu enorme impacto ambiental.