Itália soma mais 22 mil casos e 233 mortos e aguarda novas restrições
Covid-19
2 de nov. de 2020, 18:06
— Lusa/AO Online
A
redução de novos casos positivos tem sido normal às segundas-feiras,
uma vez que se realizam menos testes ao domingo – nas últimas 24 horas,
efetuaram-se 235.000 testes, contra os 183.000 de sábado.No
total, desde o início da pandemia, em meados de fevereiro, Itália
contabilizou 731.588 casos de contaminação com o novo coronavírus,
tendo-se registado 39.059 mortes.A pressão
hospitalar no país continua cada vez maior, e dos atuais 296.512
pacientes, 21.862 estão hospitalizados (mais 1.021 do que domingo) e
2.022 estão internados em unidades de cuidados intensivos (mais 83).Com
estes números, o primeiro-ministro de Itália, Giuseppe Conte, indicou
hoje que vai impor o recolher obrigatório a nível nacional a partir das
22:00, já em vigor nalgumas comunidades, ou a partir da meia-noite,
noutras.Temporariamente, aos fins de semana, serão igualmente encerrados museus, salas recreativas e centros comerciais.O
decreto, que se aguarda seja aprovado na quarta-feira, definirá três
áreas de risco e aplicará restrições mais ou menos severas numa
determinada região em função dos dados epidemiológicos.Nesse
sentido, prevê-se que as restrições mais severas recaiam sobre algumas
das cidades mais afetadas atualmente pela pandemia, como Milão, Turim e
Génova.O virologista italiano Andrea
Crisanti, conhecido por ter conseguido travar a propagação do novo
coronavírus na região de Veneto na primeira vaga da pandemia, defendeu
hoje que o encerramento nas zonas de maior contágio “é importante”
porque vai ajudar a reduzir a transmissão de covid-19.Numa
conversa com representantes da imprensa estrangeira em Itália, Crisanti
admitiu que se poderá chegar ao Natal com “um nível baixo de
contactos”, embora tenha salientado que, sem um sistema de vigilância
ativa e sem soluções para a consolidar, os números poderão voltar a
aumentar.“Agora, as medidas de
confinamento são o mais importante para travar a propagação e
consolidá-la. Depois, deverá definir-se um novo confinamento geral de
três a seis semanas para conseguir baixar os novos casos. Nenhum sistema
de vigilância pode funcionar com um número de contágios muito grande”,
defendeu.