Itália regista mais de 25.000 novos casos e 356 óbitos num dia
Covid-19
9 de nov. de 2020, 17:52
— Lusa/AO Online
Este
número diário de novos contágios representa um decréscimo bastante
expressivo quando comparado com os quase 40.000 casos notificados na
passada sexta-feira.No entanto, e como tem
sido verificado em todas as segundas-feiras, o número de testes de
diagnóstico realizados durante o período de fim de semana é sempre
menor.Os dados fornecidos pelo Ministério
da Saúde italiano dão conta hoje da realização de 147.725 testes de
diagnóstico, quase menos de 100 mil testes em relação aos indicadores de
sexta-feira.Em termos totais, e desde o
início da crise da doença covid-19 no país, em 21 de fevereiro, quase um
milhão de pessoas, 960.373, ficaram infetadas pelo novo coronavírus.Com
a contabilização de 356 novas vítimas mortais associadas à covid-19 nas
últimas 24 horas, o número total de mortes registadas no país desde
fevereiro sobe para 41.750.Em termos dos
casos positivos que estão atualmente ativos em Itália, as autoridades
apontam para 573.334, dos quais a grande maioria são doentes que estão
nas respetivas casas com sintomas ligeiros da doença ou estão
assintomáticos.Apesar desta maioria, a
pressão sobre os hospitais italianos continua a aumentar, com o registo
de 30.485 pessoas hospitalizadas (mais 1.296 em relação ao dia
anterior), das quais 2.849 estão em unidades de cuidados intensivos
(mais 100 em comparação ao dia anterior).As
regiões que registam mais casos de infeção pelo novo coronavírus são a
Lombardia (norte), o epicentro da pandemia no território italiano desde o
início da crise sanitária, com 4.777 novos casos nas últimas 24 horas,
seguindo-se a Campânia (sul) com 3.120 novos casos e Piemonte (norte),
com 2.876 novos casos.Está em vigor no
país um recolher noturno obrigatório e várias atividades estão
encerradas, como cinemas, teatros, museus, piscinas, ginásios e salas de
espetáculos, para tentar travar a progressão da atual segunda vaga da
doença covid-19.Até à data, quatro regiões
do país - Lombardia, Piemonte, Vale de Aosta e Calábria - foram
designadas pelo Governo italiano como ‘zonas vermelhas’ e colocadas sob
confinamento “suave”, com restrições à deslocação para fora da região, e
saída de casa, exceto por razões de trabalho, compras, saúde ou
emergências.Perante os indicadores
diários, o presidente da Federação Nacional de Médicos, Filippo Anelli,
apelou ao executivo para que avance para um confinamento a nível
nacional, de forma a aliviar a pressão sobre os hospitais.Entretanto,
Itália expressou satisfação, mas também cautela, face ao anúncio das
farmacêuticas norte-americana Pfizer e alemã BionNTech de que a sua
vacina se mostrou eficaz contra a covid-19 em 90% dos casos testados.“As
notícias sobre a vacina são animadoras, mas é preciso muita prudência. A
investigação científica é a verdadeira chave para superar a emergência.
Por enquanto, o comportamento individual de cada um é fundamental”,
afirmou o ministro italiano da Saúde, Roberto Speranza.