Itália regista mais de 16.000 infeções em 24 horas e 136 mortos
Covid-19
22 de out. de 2020, 16:29
— Lusa/AO Online
Os casos positivos são quase mais
mil do que na quarta-feira (15.199) e o maior número registado durante
toda a pandemia, embora nesta segunda vaga sejam realizados muitos mais
testes do que no início, sendo que hoje foram mais de 170.000.No
total, 465.726 pessoas foram infetadas em Itália desde o início da
emergência sanitária em fevereiro e, com os 136 óbitos – maior número
desde maio – aumenta o número total para 36.968 mortes.No
país, 169.302 pessoas continuam com infeção ativa, embora a grande
maioria esteja isolada nas suas casas com poucos ou nenhuns sintomas, a
pressão nos hospitais continua a aumentar.Especificamente,
10.686 pessoas estavam hoje internadas, 703 a mais do que na
quarta-feira, das quais 992 necessitam de cuidados intensivos (mais 66).A
região mais afetada continua a ser a Lombardia, o epicentro desde o
início e que hoje somou 4.125 novos casos, a maioria na capital, Milão.Com
estes dados, a linha do primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, é
que o país está mais bem preparado do que em março e que o confinamento
deve ser evitado a todo custo, embora esteja a considerar novas medidas
como toques de recolher, já anunciados por várias regiões.A
ilha da Sardenha prepara um confinamento total de duas semanas para
conter o contágio, segundo o governador, Christian Solinas, que
especificou que os portos e aeroportos serão encerrados para “limitar
rápida e incisivamente” a circulação do vírus.A
região da Lácio, cuja capital é Roma, introduziu um toque de recolher a
partir de sexta-feira, entre as 00:00 e as 05:00 hora locais (22:00 até
às 03:00 GMT), proibindo assim as saídas durante a noite, se não for
por motivos de trabalho, saúde ou emergências.Essa
medida foi aplicada também nas regiões mais afetadas pela segunda vaga
da doença, como em Lombardia, especialmente na capital Milão, a partir
de sexta-feira, e na Campânia, onde será aplicada a partir de hoje à
noite.No último domingo, o Governo central
aprovou um decreto que pede aos autarcas que identifiquem e fechem os
bairros mais movimentados das suas cidades à noite, além de restringir
ainda mais o horário de bares e restaurantes, entre outras medidas.A
Lombardia, além do toque de recolher, estabeleceu o ensino à distância
em todas as instituições de ensino médio, exceto aulas em laboratórios,
que continuam a ser presenciais.A ministra
da Educação, Lucia Azzolina, dirigiu-se ao governador lombardo, Attilio
Fontana, para lhe pedir que adote diversas medidas para evitar o
encerramento de centro educativos, uma prioridade do Governo italiano.Além
disso, pediu ao governador da Campânia, Vincenzo de Luca, que sublinhe
que a melhor iniciativa é fazer uma entrada por turnos de alunos nas
escolas para evitar multidões e infeções.