Itália prolonga estado de emergência até 30 de abril
Covid-19
13 de jan. de 2021, 14:15
— Lusa/AO Online
Roberto Speranza esteve
no parlamento para anunciar as novas medidas que entrarão em vigor a 16
de janeiro e falou de uma situação grave no país, com uma incidência de
infeções superior a 313 casos por cada 100.000 habitantes.“Estamos
no último quilómetro desta batalha, precisamos de uma colaboração leal,
de um esforço unido para combater o vírus: os próximos meses serão
difíceis”, acrescentou, garantindo que “a união é a única forma de
enfrentar a maior emergência sanitária, económica e civil desde a
guerra”.Em relação às novas medidas, além
de adiar o final do estado de emergência de 31 de janeiro para 30 de
abril, o que permitirá ao Governo aprovar decretos com urgência,
Speranza confirmou que o sistema de classificação de restrições
continuará a colocar as regiões por áreas amarelas, laranjas e
vermelhas.Na zona amarela, as que tem
menos restrições, as viagens entre regiões serão proibidas, os
restaurantes e bares serão fechados a partir das 18h00, mas os museus
permanecem abertos.A Itália vai introduzir
também a chamada zona branca, com menos limitações, para as regiões
onde o índice de contágio é inferior e registam-se apenas 50 casos por
cada 100.000 habitantes.O ministro alertou
que “esta semana há um agravamento generalizado da situação
epidemiológica na Itália, com aumentos de internamentos em unidades de
cuidados intensivos e surtos desconhecidos”.
“Não se enganem: a epidemia voltou à fase de expansão”, afirmou,
referindo que 12 regiões estão sob alto risco e “certamente passarão a
zona laranja”.Em relação à vacina, o
ministro afirmou que a Itália é o país europeu com maior número de
vacinações e apelou à “plena colaboração institucional e ao fim das
polémicas” sobre este tema.Speranza
lembrou ainda que a campanha de vacinação será “uma longa e difícil
maratona e não uma corrida de velocidade” e que “ainda há muito por
fazer”, explicando que tudo vai depender do aumento das doses
disponíveis. Segundo o ministro, a
autorização de novas vacinas como a Johnson & Johnson deverá
acontecer no primeiro trimestre, sublinhando ainda os resultados “muito
encorajadores” da vacina italiana ReiThera.“Estamos
a trabalhar em paralelo para organizar forças e a Itália está preparada
para ter uma equipa forte: 40 mil médicos vão juntar-se ao esforço e as
farmácias também vão colaborar para fornecer as vacinas”, disse.