Itália é o primeiro país da Europa a exigir o "passe verde" a trabalhadores
17 de set. de 2021, 07:46
— Lusa/AO Online
O "passe
verde" da covid-19, como é chamado em Itália, já é exigido para
determinadas circunstâncias, como o acesso ao interior de bares e
restaurantes, ginásios, museus ou convenções, e será agora solicitado a
todos os funcionários do setor público e privado.
No final da reunião do Conselho de Ministros, o ministro italiano das
Administrações Públicas, Renato Brunetta, explicou, que "a Itália está
na vanguarda do mundo" com esta decisão que procura permitir que o país
enfrente o inverno em melhores condições de segurança e para evitar
novos encerramentos devido à pandemia. Renato
Brunetta sublinhou que a economia italiana vai crescer cerca de 6% no
conjunto de 2021, em comparação com a queda de 8,9% em 2020, e que esta
iniciativa vai também no sentido de proteger esta reativação.
A ministra dos Assuntos Regionais, Mariastella Gelmini, explicou, por
seu turno, que o Governo de Mario Draghi também reduziu o preço dos
testes ao coronavírus que serão gratuitos para quem não puder ser
vacinado e custarão 8 euros para menores de 18 anos e 15 euros para os
restantes, em comparação com os cerca de 20 euros que custam
atualmente.
Quem não apresentar o certificado ou levar uma falsificação
enfrentará multas financeiras e até mesmo a suspensão temporária do
emprego, embora isso não signifique que possa ser despedido, disse a
ministra do Trabalho, Andrea Orlando. “O objetivo é aumentar a segurança no local de trabalho", acrescentou a ministra, citada pela agência espanhola Efe. O
certificado, válido por via digital ou papel, demonstra que a pessoa
recebeu pelo menos uma dose da vacina contra o coronavírus SARS-Cov-2”,
ou teve a doença covid-19, ou foi submetido a um teste de rastreio que
deu negativo nas horas que antecedem a sua apresentação, período que foi
alargado agora das 48 para as 72 horas. A Itália tem atualmente 74,61% da população com mais de 12 anos imunizados contra o coronavírus, números semelhantes aos dos seus vizinhos na União Europeia.
A covid-19 provocou pelo menos 4.656.833 mortes em todo o mundo,
entre mais de 226,31 milhões de infeções pelo novo coronavírus
registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da
agência France-Presse