IRS automático abrange potencial de 3,2 milhões de agregados este ano
21 de fev. de 2019, 17:42
— Lusa/AO Online
“Este
ano o potencial de agregados que pode beneficiar de IRS automático anda
à volta dos 3,2 milhões. O ano passado usaram a funcionalidade 1,5
milhões, veremos este ano”, afirmou António Mendonça Mendes em
declarações à agência Lusa à margem de uma conferência organizada no
Porto pela EY para debate das principais novidades e tendências na área
fiscal para 2019.De
acordo com o governante, no primeiro ano em que passou a ser possível a
entrega automática das declarações de IRS “aderiram 800 mil
[agregados], no segundo ano 1,5 milhões e há agora um potencial de mais
de três milhões”.“É
um percurso que está a ser feito e que nós fazemos com muita
tranquilidade. Estamos muito satisfeitos com os resultados e vamos
acompanhando”, afirmou, salientando que “as pessoas vão ganhando
confiança”, sendo que algumas “não submetem o IRS automático porque têm
uma alteração, por exemplo, do agregado ou das despesas”. Relativamente
ao prazo médio de reembolso do IRS previsto para este ano, Mendonça
Mendes disse apenas que o acerto será feito “tão depressa quanto seja
possível”, relevando que “o importante” é que se atingiu “um ponto em
que a forma como a campanha de IRS decorre é muito satisfatória”.“O ano passado assim foi e pretendemos manter os padrões de qualidade”, sustentou.Questionado
pela Lusa sobre o motivo porque, entre os vários milhões de
contribuintes que pagam impostos como o Imposto Municipal sobre Imóveis
(IMI), Imposto Único de Circulação (IUC), Imposto sobre o Rendimento de
Pessoas Singulares (IRS) e Imposto sobre o Rendimento de Pessoas
Coletivas (IRC), apenas 29 mil terem aderido ao débito direto, o
secretário de Estado disse que a adesão a esta funcionalidade “é todo um
caminho que está a ser feito”.“Todos
os dias há novas pessoas a aderir”, afirmou, avançando que medidas como
a prevista alteração do pagamento do IVA, “em que o prazo de entrega da
declaração deixa de coincidir com o prazo de pagamento, mas há um
diferimento de cinco dias, vai permitir que quem pague IVA possa também
aderir ao débito direto”.Na
sua intervenção na conferência da EY, António Mendonça Mendes salientou
que “a opção” do Governo no Orçamento do Estado (OE) para 2019 foi
“pela estabilidade na vertente da previsibilidade das normas, para que
todos possam saber com o que contam a médio prazo”, a par da “diminuição
do esforço fiscal”.“O
OE de 2019 confirma tudo aquilo que temos vindo a fazer ao longo da
legislatura, nomeadamente em matéria fiscal. A nossa aposta do ponto de
vista da distribuição do esforço fiscal foi uma aposta muito concentrada
na diminuição dos impostos sobre as famílias, mas também uma aposta em
setores importantes da economia para os ajudar a criar mais emprego”,
disse.