IPMA alerta para caravelas-portuguesas avistadas em praias dos Açores e do continente
2 de dez. de 2021, 16:23
— LUSA/AO Online
Em
comunicado, o IPMA refere que os dados da GelAvista, responsável pela
monitorização dos organismos gelatinosos em Portugal, de anos anteriores
sugerem que a abundância da espécie poderá aumentar nas próximas
semanas e meses.Até ao momento tem sido
avistada a espécie Physalia physalis (Caravela-portuguesa) na Praia d'El
Rey (concelho de Óbidos), ao largo dos Farilhões (Berlengas), na praia
da Ursa e praia do Magoito (concelho de Sintra), na praia do Guincho
(concelho de Cascais), na praia da Amoreira (concelho de Aljezur) e na
praia das Milícias (São Miguel, Açores).“O
GelAvista aconselha que se evite tocar nos organismos, mesmo quando
aparentam estar mortos/secos na praia”, lê-se no comunicado, alertando
que, em caso de queimadura por contacto com esta espécie, devem ser
aplicadas compressas quentes (40°C) durante cerca de 20 minutos ou
vinagre.As caravelas-portuguesas são
caracterizadas por um flutuador em forma de “balão”, frequentemente de
cor azul ou rosada, e, por isso, muito influenciada por ventos e
correntes de superfície. De acordo com o
IPMA, trata-se da espécie que exige “mais cautela” entre aquelas que
ocorrem em Portugal devido aos longos tentáculos que podem atingir 30
metros e são capazes de provocar fortes queimaduras. Segundo
o organismo, estão também a ser detetadas outras espécies, sendo a
Velella velella, que não representa perigo para a saúde humana, aquela
que poderá ser confundida com a Caravela-portuguesa. No entanto, no caso da Velella, o flutuador apresenta a forma de uma vela triangular, de acordo com o IPMA. O
programa GelAvista, uma iniciativa de ciência cidadã, monitoriza desde
2016 com a ajuda dos cidadãos, os organismos gelatinosos que ocorrem em
águas portuguesas, recolhendo informação crucial sobre estas
ocorrências.