Iogurtes dos Açores começam a ser vendidos em Angola

25 de ago. de 2014, 17:31 — Lusa/AO online

  “Vamos exportar todos os produtos. Aliás, será como um teste a todos os nossos produtos. Provavelmente irá acontecer um ajustamento ao longo do tempo conforme a aceitação do mercado”, afirmou Hugo Garcez, sócio-gerente da empresa Garcez & Santos, em declarações à agência Lusa. Esta empresa familiar, que emprega 12 pessoas, produz atualmente nove iogurtes sólidos com diferentes sabores, cinco iogurtes líquidos, três tipos de iogurtes gregos e três tipos de gelatinas. Hugo Garcez adiantou que na primeira remessa para Angola serão enviados, por avião, cerca de 500 quilos de produtos. “Por mais que seja de avião e o custo seja muito elevado, estão dispostos a pagar por isso. É um mercado com muito poder de compra”, disse o empresário, confiante de que os seus iogurtes vão fazer sucesso em Angola, até porque o comprador angolano “gostou muito da imagem e dos produtos Yoçor”. Hugo Garcez revelou que há já algum tempo tinha interesse em exportar para Angola, chegou mesmo a estabelecer contactos, mas o negócio nunca se tinha concretizado por se tratar de um produto perecível, com um prazo de validade de apenas 30 dias e em que o rápido transporte é essencial. Segundo disse Hugo Garcez, caso seja preciso aumentar depois a produção anual de iogurtes para satisfazer as encomendas, a fábrica, localizada na ilha de São Miguel, “tem já capacidade para produzir até três vezes mais do que produz atualmente”. Além dos aromas de morango, maracujá, pêssego, ananás e banana, esta empresa também produz iogurtes de mel e chá verde açoriano. Na ilha de S. Miguel, Açores, estão localizadas as únicas fábricas e plantações de chá existentes na Europa, que produzem o chá Gorreana e o chá Porto Formoso. O iogurte Yoçor de chá verde resulta de uma parceria com a Gorreana, a maior das duas fábricas de chá e que conta com 32 hectares de plantação e uma produção anual média superior às trinta toneladas. Hugo Garcez adiantou, ainda, que a sua empresa tenciona avançar em 2015 com a produção iogurtes magros, para alargar a gama de produtos e ir de encontro às exigências do mercado. “É um mercado crescente. Há cada vez mais preocupações com a saúde por parte das pessoas e nós, naturalmente, queremos explorar essa vertente”, referiu Hugo Garcez.