Investidores chineses com "algumas ideias" para fábricas em Portugal, diz Marcelo
28 de abr. de 2019, 13:27
— AO Online/ Lusa
"Isso é muito importante, porque era um dos objetivos deste contacto, era não ser apenas haver a compra de posições em empresas portuguesas, maiores ou menores, era instalar novas entidades produtivas. Sentiu-se que havia uma apetência, uma vontade de fazer isso. Isso é muito bom", acrescentou.Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas durante uma visita à Cidade Proibida, em Pequim, sobre o jantar que teve no sábado com altos dirigentes dos principais grupos chineses com investimentos em Portugal, entre os quais China Three Gorges, State Grid, Fosun e Haitong."Eu desafiei cada qual a dizer como é que via a situação e que projetos tinha para o futuro. E todos falaram à vontade em frente de todos. Isto normalmente no mundo dos negócios não é habitual, que é dizer: olhe, eu tenho este projeto, eu tenciono fazer isto, eu estou a fazer aquilo. E havia algumas ideias", relatou.Segundo o chefe de Estado, "o juízo unânime" dos altos dirigentes de grupos chineses foi "muito positivo sobre a experiência em Portugal" e não houve queixas."De uma maneira geral, pensam que a economia portuguesa soube ultrapassar a fase crítica e entrar numa velocidade de cruzeiro que é importante para investidores. Por outro lado, estão muito empenhados em manter a sua presença e alargá-la a terceiros países. Quer dizer, em conjunto com Portugal estar presentes em países de língua oficial portuguesa", referiu.A lista de participantes neste encontro incluiu também dirigentes ao mais alto nível da empresa chinesa do setor da água Beijing Enterprises Water Group, do grupo agroalimentar COFCO e da Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM), fundada por Stanley Ho, do Banco da China, da empresa de construção CSCEC e da Tianjin EV Energies.Marcelo Rebelo de Sousa chegou na sexta-feira à República Popular da China, para participar no fórum "Faixa e Rota", iniciativa chinesa de investimento em infraestruturas da Ásia à Europa, em que interveio no sábado, em Pequim, e depois para uma visita de Estado, entre segunda e quarta-feira, que termina em Macau.