Inundações em Itália provocaram pelo menos oito mortes

18 de mai. de 2023, 10:29 — Lusa/AO Online

A comparação ao sismo que atingiu a região no final de 20212 foi feita pelo presidente do Governo regional de Emília Romana, Stefano Bonaccini."Os nossos pensamentos vão para as oito vítimas e para os desaparecidos. Para eles e para as suas famílias vão todas as condolências da região", disse Bonaccini numa conferência de imprensa conjunta com o ministro do Interior italiano, Matteo Piantedosi,Bonaccini anunciou que 13.000 habitantes tiveram de ser evacuados, dos quais 3.000 em Bolonha, 5.000 em Faenza e 5.000 na zona de Ravenna, "mas que os números deverão aumentar"."Foi como um novo terramoto na véspera do acontecimento catastrófico de 2012 na Emília Romana, cujo aniversário está prestes a ser celebrado. Cerca de 40 municípios foram inundados, estruturas destruídas, caminhos-de-ferro interrompidos, estradas provinciais praticamente demolidas e uma ponte caiu", descreveu.Entre as vítimas contam-se um homem que foi arrastado por um deslizamento de terras em Casale di Calisese e um casal: Palma Marinella Maraldi, cujo corpo foi encontrado na praia de Zadina di Cesenatico, e o marido, Sauro Manuzzi, que, na altura da enxurrada estavam nos campos em frente à sua casa em Ronta di Cesena e foram arrastados pela água.Em Faenza, Forli e Ravenna prosseguem as operações de busca e salvamento de pessoas que ficaram presas nas suas casas ou que se refugiaram nos telhados, informou a Protecção Civil italiana.O presidente do Governo regional de Emília Romana anunciou que se realizará hoje uma reunião interministerial para tomar algumas medidas, tais como o estado de emergência, o que implica a suspensão do pagamento de impostos ou de processos judiciais, como acontece normalmente nas zonas afetadas pelas inundações, bem como ajudas financeiras.Nesse sentido, Bonaccini adiantou ter falado hoje de manhã com a primeira-ministra, Giorgia Meloni.Na zona estão a operar 700 unidades de bombeiros, 300 polícias e mil ‘carabinieri’, bem como 220 voluntários da Cruz Vermelha, 100 do Resgate Alpino e cerca de 340 da Protecção Civil.A viabilidade das estradas provinciais é crítica, com muitas áreas cortadas, enquanto secções da autoestrada A14, que corre ao longo da costa do Adriático, também tiveram de ser encerradas, assim como o tráfego ferroviário regional "completamente bloqueado".O tráfego ferroviário nacional e as linhas de alta velocidade estão, porém, a funcionar sem problemas.As inundações deixaram cerca de 50.000 pessoas sem eletricidade, enquanto outros 100.000 têm problemas com a rede móvel de telecomunicações e 10.000 na rede fixa."Estamos sem eletricidade, muitas casas sem comida e com grandes dificuldades com as crianças e os idosos, mas não é altura para desanimar. Temos de continuar", escreveu o presidente da Câmara de Castel Bolognese, Luca Della Godenza, nas redes sociais, após a cheia do rio Senio, que inundou a cidade na província de Ravenna.