Intensidade de combates diminui em Kiev e aumenta em Kharkiv, diz Londres

Ucrânia

27 de fev. de 2022, 12:11 — AO Online/ Lusa

O Ministério da Defesa do Reino Unido tem vindo a publicar atualizações de informação desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, na quinta-feira.“As forças ucranianas enfrentaram restos de forças irregulares russas dentro da cidade de Kiev pela segunda noite consecutiva, os combates têm sido de menor intensidade do que na noite anterior”, disse o Ministério da Defesa britânico, citado pela agência norte-americana AP.Segundo a mesma avaliação, “trocas intensas de artilharia de foguetes durante a noite foram seguidas por fortes combates entre forças russas e ucranianas em Kharkiv”.No quarto dia da guerra na Ucrânia, as autoridades ucranianas deram conta de combates de rua na antiga capital Kharkiv, situada no norte do país, a cerca de 20 quilómetros da fronteira com a Rússia.“Os veículos inimigos estão a circular pela cidade”, informaram as autoridades ucranianas.Vídeos divulgados nos meios de comunicação social e redes sociais ucranianas mostraram veículos russos a atravessar Kharkiv e tropas russas a percorrer a cidade em pequenos grupos.Um vídeo mostrou soldados ucranianos a inspecionar veículos utilitários ligeiros russos danificados por bombardeamentos e abandonados pelas tropas russas numa rua.O Ministério da Defesa britânico disse também que “após “terem encontrado uma forte resistência em Chernihiv”, uma cidade no norte da Ucrânia, “as forças russas estão a contornar a área para darem prioridade ao cerco e isolamento de Kiev”.O ministério acrescentou que as forças russas “continuam a avançar para a Ucrânia a partir de múltiplos eixos”, mas estão a encontrar uma “forte resistência por parte das forças armadas ucranianas”.As autoridades ucranianas disseram que o ataque russo provocou cerca de 200 mortos, incluindo civis, desde que o início da invasão.A Rússia não divulgou dados sobre as suas baixas.O ataque russo também já provocou cerca de 368.000 refugiados que fugiram dos combates para os países vizinhos, disse a ONU.Este número “baseia-se nos dados fornecidos pelas autoridades nacionais”, disse o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) na rede social Twitter.Trata-se da segunda invasão da Ucrânia pela Rússia desde a declaração de independência do país em 1991, na sequência do colapso da União Soviética.Em 2014, a Rússia invadiu e anexou a península da Crimeia, no sudeste da Ucrânia, depois de um movimento de contestação popular a favor da integração na União Europeia (UE).Na mesma altura, separatistas pró-russos com apoio de Moscovo iniciaram uma guerra na região do Donbass, no leste da Ucrânia, que tinha provocado mais de 14.000 mortos e 1,5 milhões de deslocados até à invasão atual.O ataque russo foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, mas a Rússia usou o seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, na sexta-feira, para impedir a aprovação de uma resolução que condenava a sua ação.Vários países e a UE impuseram sanções económicas a interesses e individualidade russas, incluindo o Presidente Vladimir Putin e o seu chefe da diplomacia, Sergei Lavrov.