Autor: Rui Jorge Cabral
Os Açores acolhem atualmente 201 refugiados da Guerra na Ucrânia,
repartidos por várias ilhas, num número que tem estabilizado nos últimos
meses, entre aqueles que chegam e os que partem, sendo a integração
considerada pela própria Ucrânia como exemplar.
“Os Açores são um
exemplo fora do comum”, afirmou ontem em Ponta Delgada a primeira
secretária para os assuntos consulares da Ucrânia em Portugal, Viktoriia
Kuznietsova, acrescentando que os refugiados ucranianos têm sido “muito
bem acolhidos” nos Açores.
Viktoriia Kuznietsova falava ao Açoriano
Oriental após ter sido recebida em audiência pelo subsecretário
regional da Presidência, Pedro Faria e Castro, num encontro onde
participou também o diretor regional das Comunidades, José Andrade.
A
primeira secretária para os assuntos consulares da Ucrânia em Portugal
afirmou também que o estado de espírito destes refugiados “melhorou” nos
últimos tempos, explicando que a Embaixada da Ucrânia e os serviços
consulares têm acompanhado “o estado tanto físico como psicológico” dos
refugiados, bem como a sua “integração”.
Por seu lado, Pedro Faria e
Castro salientou que até agora o acolhimento aos refugiados ucranianos
tem correspondido ao plano inicialmente traçado pelo Governo Regional
dos Açores juntamente com a Associação dos Imigrantes nos Açores (AIPA) e
com a Cresaçor, “que nos têm apoiado de forma inestimável nesta
integração”.
Sobre o processo de integração, Pedro Faria e Castro
afirmou que “desde o início nós identificámos algumas áreas essenciais
para a integração dos refugiados, desde logo nos procedimentos de acesso
à Região, no alojamento a quem dele precisasse - porque houve
refugiados que já conheciam residentes aqui nos Açores - mas também no
acesso aos cuidados de saúde, no acesso das crianças à escola e nas
soluções de emprego para quem tinha condições para trabalhar”, num
processo que tem funcionado bem até agora, estando no geral os
refugiados “plenamente integrados na sociedade açoriana”.
Por fim,
Pedro Faria e Castro reafirmou “o apoio político que os Açores devem
dar à causa ucraniana num momento em que os ucranianos continuam a ser
agredidos diariamente por um país estrangeiros que os pretende ocupar”.