Autor: Lusa/AO Online
“Já temos de novo acesso aos dados, foi há cerca de um mês ou dois que conseguimos novamente ter acesso aos dados”, afirmou, confirmando que foi retomado o protocolo de entendimento assinado entre os governos de Portugal e dos EUA, depois de mais de um ano em que o IM não teve acesso aos dados.
Para o delegado regional do IM nos Açores, a situação ideal seria ter três radares, um para cada grupo de ilhas dos Açores, já que o único disponível não cobre Santa Maria, Flores, Corvo e uma parte substancial de S. Miguel.
Os três radares necessários nos Açores fazem parte de um plano do Instituto de Meteorologia para a rede nacional de radares, criado há mais de 20 anos, e envolvem um investimento de cerca de seis milhões de euros.
“Eu julgo que as vantagens que tem este investimento são grandes porque está em causa a salvaguarda de vidas e bens”, frisou, acrescentando que “os radares podem permitir o lançamento de avisos com antecedência de 15 ou 30 minutos, que podem ser críticos no apoio às equipas de proteção civil”.
Para Diamantino Henriques, a existência de radares meteorológicos nos Açores é de grande importância, atendendo a que no Continente só existem dois radares em funcionamento e na Madeira não existe nenhum.
Apesar dos benefícios, Diamantino Henriques admitiu a dificuldade de concretizar o projeto de instalação dos três radares nos Açores, atendendo à atual situação de crise.
“Na atual conjuntura, não vejo que haja grande disponibilidade para este tipo de investimentos, pelo menos a curto prazo”, frisou.