Instituições de Solidariedade Social dos Açores pedem reforço dos apoios
16 de set. de 2022, 17:06
— Lusa/AO Online
Em
declarações aos jornalistas, após uma reunião com o líder do Governo dos
Açores na sede da Presidência, em Ponta Delgada, João Caneto, da
URIPSSA, realçou que em 2021, quando aquelas instituições realizaram um
"acordo-base" com o Governo Regional, “não estavam previstos os atuais
níveis de inflação”.“O que fomos pedir ao
presidente do Governo Regional é que pudéssemos este ano fazer alguma
adenda ao acordo base 2021-22 e começarmos a planear já o ano de 2023”,
declarou.João Caneto destacou que os
níveis de inflação provocaram um aumento das despesas das Instituições
Particulares de Solidariedade Social (IPSS), o que já levou o Governo da
República a atualizar o acordo com as instituições do continente.“A
inflação aumentou e já o governo central, através do Ministério da
Solidariedade Social, fez um aumento às IPSS. Nós aqui na região ainda
não tivemos. Estamos a aguardar para que possamos fazer também este
acordo aqui na região para não estarmos com problemas de
sustentabilidade”, reforçou.O
representante da URIPSSA propôs ainda incentivos para a “transição
digital” das IPSS e apelou à “estabilidade política”, para que as
“instituições possam fazer o seu trabalho à vontade”.Já
o representante das Misericórdias dos Açores, Bento Barcelos, defendeu a
necessidade de atualizar os valores cama-utente-dia da rede regional de
cuidados continuados e apelou à criação de uma linha de financiamento
para as organizações.“Algumas
misericórdias vivem uma situação financeira, de há uns anos a esta
parte, com passivos, de empréstimos, de necessidade de sustentabilidade e
de saneamento financeiro”, destacou.Bento
Barcelos alertou também para a “necessidade de estabilidade política”,
devido às crises inflacionista e de saúde pública, uma vez que a
“pandemia [de covid-19] ainda não terminou”.O
presidente do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), o social-democrata
José Manuel Bolieiro, está a receber os parceiros sociais a propósito da
elaboração das antepropostas de Plano e Orçamento para 2023, que
devem ser discutidos em novembro na Assembleia Regional.O
Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) depende do apoio dos partidos que
integram o executivo e daqueles com quem tem acordos de incidência
parlamentar (IL, Chega e deputado independente) para ter maioria
absoluta na Assembleia Legislativa Regional.