Instituições de ensino superior terão 7,5 milhões para encontrar quartos para estudantes
29 de ago. de 2024, 12:28
— Lusa
A decisão
foi tomada no final de maio pelo Conselho de Ministros, que aprovou um
conjunto de medidas ao abrigo do programa “Alojamento Estudantil Já”,
entre as quais uma linha de financiamento que permitirá às universidades
e institutos politécnicos celebrarem protocolos com entidades públicas,
privadas e do setor social que garantam mais camas para os estudantes
deslocados.Este ano será disponibilizada
uma verba de 1,9 milhões de euros e mais 5,5 milhões em 2025, segundo a
resolução do Conselho de Ministros publicada hoje que autoriza a
Direção-Geral do Ensino Superior a realizar despesa e a assumir encargos
para o pagamento das camas protocoladas pelas Instituições de Ensino
Superior.Na primeira fase do Concurso
Nacional de Acesso ao Ensino Superior ficaram colocados cerca de 50 mil
alunos, sendo que segundo dados do ministério da Educação todos os anos
há cerca de 120 mil jovens a estudar longe de casa, tendo por isso de
arrendar alojamento.“A avultada despesa
com o alojamento representa um dos principais entraves ao acesso ao
ensino superior por parte dos estudantes que se encontram deslocados do
seu local de residência”, reconhece o diploma hoje publicado, onde se lê
ainda que a “falta de oferta de alojamento estudantil continua a
sentir-se cada vez mais”. Os preços dos quartos continuam a subir, chegando quase aos 500 euros na zona de Lisboa, a região mais cara do país.O
anterior governo lançou o Plano Nacional de Alojamento no Ensino
Superior, cujo objetivo era duplicar a oferta existente até 2030, mas
que ainda não conseguiu dar resposta à elevada procura.O
atual executivo considerou ser “necessário criar desde já uma resposta
de emergência”, lê-se na resolução, em vigor desde a data da sua
aprovação.Em 23 de maio de 2024, o
Conselho de Ministros aprovou o programa “Alojamento Estudantil Já”, que
previa um reforço de verbas para encontrar mais camas mas também outras
medidas como o alargamento do complemento de alojamento a todos os
alunos deslocados cujas famílias tenham rendimentos anuais de pouco mais
de 14 mil euros.Até então, este subsídio
só era pago a alunos bolseiros sem vaga numa residência pública, mas
agora passará a abranger também os não bolseiros de famílias mais
carenciadas, que terão direito a 50% daquele complemento, que varia
consoante a região em que os alunos estudam: Em Lisboa, por exemplo, é
de 456,41 euros, enquanto no Porto é de 432,39 euros.