Instalação de radares destaca dimensão atlântica dos Açores
24 de jan. de 2025, 18:14
— Lusa/AO Online
José Manuel Bolieiro considerou ser o
”momento histórico” e “relevante também face a um ativo [os Açores] que
importa a Portugal” na perspetiva estratégia e política, bem como do
conhecimento científico e informação nos planos europeu e global.Bolieiro
falava em Ponta Delgada, na assinatura de um protocolo com o
presidente do Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), que
assegura a instalação de dois radares meteorológicos nas ilhas Flores e
São Miguel.O chefe do executivo açoriano
destacou o “papel decisivo” dos radares em termos de proteção civil,
sendo “fundamentais para prevenir e garantir com informação fidedigna os
alertas e avisos às populações” face às catástrofes naturais que afetam
em grande dimensão os Açores.Bolieiro
destacou ainda a relevância na perspetiva económica nos campos
terrestre, marítimo e aeronáutico, face à previsibilidade que os radares
irão assegurar.A secretária de Estado das
Pescas, Lídia Bulcão, que também esteve presente na cerimónia, destacou
a presença da instalação dos dois radares, que fecham a rede nacional
desses equipamentos, bem como o facto de estes “projetarem os Açores
como centro de excelência” num “passo muito importante na monitorização e
investigação no Atlântico”.Segundo o
presidente do IPMA, José Silva, os novos radares serão complementados
por duas estações meteorológicas contíguas aos equipamentos e dois
detetores de descargas elétricas localizados nos aeroportos de São
Miguel e das Flores.Trata-se de um investimento de cerca de 5 milhões de euros, financiado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).O
responsável destacou que a importância de garantir a totalidade da
cobertura por sistemas de radar do território dos Açores “é de enorme
relevância, visto ser esta região frequentemente afetada por fenómenos
de tempo severo, com influência de ciclones tropicais, que têm um
impacto direto na salvaguarda de vidas e bens e no desenvolvimento de
atividades sócio-económicas”.A par dos
radares, será lançado também o Observatório Climático do Atlântico num
investimento de cerca de 2 milhões de euros, com a comparticipação do
Governo Regional dos Açores.Este irá
recolher dados atmosféricos considerados fundamentais para estudar as
alterações climáticas na região do Atlântico, nomeadamente gases com
efeito de estufa.