Inspetores das pescas retomam greve ao trabalho extraordinário
1 de abr. de 2019, 09:25
— Lusa/AO Online
Os
inspetores das pescas estão em greve ao trabalho extraordinário e em
dias de descanso semanal e feriados desde o último trimestre de 2017,
concretizada em ciclos de três meses. No domingo, terminou o primeiro ciclo de greves de 2018, iniciando-se hoje um novo período até 30 de junho. “Esta
greve tem tido consequências nefastas e manifestas para a atividade de
inspeção das pescas, quer a nível nacional como internacional”, lê-se
numa informação da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores
em Funções Públicas e Sociais, disponibilizada na página na internet da
CGTP. De acordo com a mesma fonte, em
2018, “não foram assumidos os compromissos da participação portuguesa
nas missões de inspeção” coordenadas pela Agência Europeia de Controlo
das Pescas (EFCA), “a efetuar conjuntamente com Espanha em meios navais
da armada daquele país com vista à inspeção e controlo das pescarias
pelágicas no mar Cantábrico”. Por outro
lado, foi também cancelada uma missão conjunta com Espanha, a efetuar no
mar Mediterrâneo, para a inspeção das atividades de pesca de arrasto e
de fundo. Adicionalmente, foram suspensas
as ações nos portos nacionais “dirigidas aos segmentos de pesca cujas
atividades de desembarque de pescado se efetuam fora do período normal
de trabalho, não se tendo efetuado inspeções” às embarcações de pesca de
cerco, de arrasto de crustáceos, resultando na “ausência de controlo da
atividade da frota de bandeira nacional detida por armadores espanhóis
que exercem atividade de pesca nas águas nacionais”. Os
inspetores das pescas garantiram ainda que a ausência de resposta do
Governo à abertura das negociações “determinará, inevitavelmente, o
recurso a novas formas de luta, nomeadamente, a paralisações de 24 horas
ou mais, em períodos estratégicos de descarga de pescado em portos
nacionais”.