INSA investiga "subida abrupta" de sub-linhagem da variante Delta
Covid-19
25 de nov. de 2021, 11:53
— Lusa/AO Online
Segundo o último relatório do
INSA relativo à diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal, a
frequência relativa desta sub-linhagem, que tem uma mutação num local
reconhecido como potencialmente crítico para a ligação do vírus às
células humanas, subiu de 1,4% para 7,6%.O
documento, divulgado esta semana, refere que foram detetados 58 casos
até à data, abrangendo cinco regiões (com maior incidência no Norte,
Centro e Lisboa e Vale do Tejo), 13 distritos e 42 concelhos.“Esta
subida abrupta de frequência relativa de uma sub-linhagem com uma
mutação num local reconhecido como potencialmente crítico para a ligação
do SARS-CoV-2 às células humanas está a ser investigada”, sublinha o
INSA, que já analisou 21.452 sequências do genoma do SARS-CoV-2, o
coronavírus que provoca a doença Covid-19.Estas
sequências foram obtidas de amostras colhidas aleatoriamente em
laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e
pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de
128 concelhos por semana. Nas semanas 43 e 44 (entre 25 de outubro e 7
de novembro) registou-se uma frequência relativa de 99,8% para a
variante Delta (originalmente detetada na Índia) e na semana 45 (8 a 14
de novembro) esta variante apresentou uma frequência relativa de 100%,
mas os dados ainda estão a ser apurados, refere o relatório.As
únicas sequências “não-Delta” detetadas nas semanas 43 e 44 referem-se a
um caso associado à variante “Mu” (B.1.621) (com grande expansão na
Colômbia) na Região Norte e um caso da linhagem B.1.36.17 na Região de
Lisboa e Vale do Tejo, “o qual se encontra sob investigação”, refere o
INSA.Já sobre as sub-linhagens da variante
Delta (quase 100), o INSA diz que circulam diversas em Portugal, sendo
que 37 “foram detetadas consecutivamente nas últimas três semanas, com
amostragens fechadas e análises concluídas, (…) ou na atual semana em
análise (semana ISO 45)”.“A nível
nacional, a sua frequência relativa aumentou de 1,4%, na semana 43, para
7,6%, na semana 44. Foram detetados 58 casos até à data, abrangendo
cinco regiões (com maior incidência no Norte, Centro e Lisboa e Vale do
Tejo), 13 distritos e 42 concelhos”, refere o documento, sublinhando que
esta “subida abrupta” está a ser investigada.O
INSA informa ainda que não foi detetado qualquer caso associado à
variante Gamma (associada ao Brasil) desde a semana ISO 37 (13 a 19 de
setembro) nem qualquer caso associado à variante Beta (com origem na
África do Sul) desde a semana ISO 29 (19 a 25 de julho).