Início da instrução do processo adiado para 29 de março
BES
21 de fev. de 2022, 11:23
— Lusa/AO Online
Segundo a mesma fonte, a razão
para este adiamento prende-se com motivos de saúde do juiz de instrução
Ivo Rosa, que vai presidir a esta fase. O processo conta com 30 arguidos (23 pessoas e sete empresas), num total de 361 crimes.O
mais mediático arguido deste caso é o antigo presidente do Grupo
Espírito Santo (GES), Ricardo Salgado, acusado de 65 crimes, entre os
quais associação criminosa (um), burla qualificada (29), corrupção ativa
(12), branqueamento de capitais (sete), falsificação de documento
(nove), infidelidade (cinco) e manipulação de mercado (dois).Considerado
um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, este caso
agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e
queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em
Portugal e no estrangeiro. Segundo o Ministério Público (MP), cuja
acusação contabilizou cerca de quatro mil páginas, a derrocada do Grupo
Espírito Santo (GES), em 2014, terá causado prejuízos superiores a 11,8
mil milhões de euros.São ainda arguidos
Morais Pires, José Manuel Espírito Santo, Isabel Almeida, Manuel F.
Espírito Santo, Francisco Machado da Cruz, António Soares, Alexandre
Cadosch, Michel Creton, Cláudia Boal Faria, Pedro Cohen Serra, Paulo
Carrageta Ferreira, Pedro de Almeida e Costa, João Alexandre Silva, Nuno
Escudeiro, Pedro Góis Pinto, João Martins Pereira, Paulo Nacif Jorge,
Maria Beatriz Pascoa, Frederico Ferreira, Luís Miguel Neves, Rui Santos e
Alexandre Monteiro.As sete empresas
acusadas são a Espírito Santo Internacional, Rioforte Investments,
Eurofin Private Investment, Espírito Santo irmãos – Sociedade Gestora de
Participações Sociais, ES Tourism Europe, Espírito Santo Resources
Limited e ES Resources (Portugal), pelos crimes de burla qualificada,
corrupção passiva, falsificação de documentos e branqueamento de
capitais.