Autor: Lusa/AO online
"Falamos numa extensão do programa porque este ainda vigora", adiantou Dijsselbloem, sublinhando que a Grécia tem até ao final da semana para decidir, podendo ser marcada uma nova reunião dos ministros das Finanças da zona euro.
"É muito claro que o próximo passo tem que ser dado pelas autoridades gregas e, tendo em conta o calendário, estamos reduzidos a esta semana", disse o presidente do Eurogrupo, em conferência de imprensa.
Do lado do Eurogrupo, a proposta que está em cima da mesa é a da extensão do atual programa, sublinhou, porque "é a que permite que se ganhe o tempo necessário" para debater com Atenas as pretensões gregas.
"Há flexibilidade no programa, mas há que assegurar que os progressos feitos não se perdem", salientou.
Na mesma linha, o comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, considerou que a proposta apresentada à Grécia pelos outros 18 países do Eurogrupo é a que melhor serve os interesses de todos.
"Temos que ser lógicos e não ideológicos, há que encontrar uma maneira de respeitar a escolha dos gregos e as regras europeias.", adiantou Moscovici.
Extensão do programa em vigor, aproveitar a flexibilidade neste prevista e rever as medidas possíveis é a proposta europeia.
A negociação de um novo memorando - adiantou Dijsselbloem - é possível, mas "um novo programa seria sempre sobre a sustentabilidade da dívida, a estabilidade financeira, com medidas populares e outras impopulares".
Pela parte do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde lembrou que o prazo é mais longo, "mas o programa tem que ser avaliado com urgência e só há novo desembolso depois desta".
A reunião de hoje em Bruxelas dos ministros das Finanças da zona euro terminou mais cedo que o previsto, após a Grécia ter rejeitado liminarmente uma proposta de compromisso apresentada pelo Eurogrupo.
Uma nova reunião pode ter lugar na sexta-feira.