Iniciativa Liberal considera 30 de janeiro uma data “correta e razoável”
OE/Crise
4 de nov. de 2021, 21:08
— Lusa/AO Online
O deputado único da Iniciativa Liberal
falava aos jornalistas na Assembleia da República momentos depois da
declaração ao país de Marcelo Rebelo de Sousa, na qual anunciou
que vai dissolver o parlamento e marcar eleições legislativas
antecipadas para 30 de janeiro.
“Como dissemos desde o início, a
Iniciativa Liberal estaria preparada para eleições qualquer que
fosse a data, estamos habituados a trabalhar sobre pressão e com
poucos recursos, mas entendemos que para um cabal esclarecimento das
opções que estão perante os portugueses a data fixada pelo senhor
Presidente da República de 30 de janeiro é uma data correta, uma
data razoável”, declarou.
Cotrim de Figueiredo considerou ainda
que na comunicação ao país, o chefe de Estado “fez três
leituras que coincidem em tudo com o que a Iniciativa Liberal pensa
também”.
“A primeira leitura é que a solução
governativa que tivemos desde 2015 ruiu, ruiu por divergências bem
mais profundas do que aquelas que resultavam apenas da discussão do
Orçamento para 2022 e que portanto é urgente dar voz de novo aos
portugueses”, enumerou.
A segunda, considerou, “é que a
decisão que nessa eleição terá que ser tomada pelos portugueses
merece uma campanha esclarecedora, que não é compatível com
calendários que coincidam com a quadra festiva”.
Para a IL, “começar debates na
altura do Natal e do Ano Novo não seria certamente um bom serviço
prestado ao esclarecimento que os eleitores vão precisar, nem seria
uma forma de combater a abstenção”.
“A terceira leitura é que chegados a
uma situação de crise que ninguém desejava, a democracia tem
sempre soluções e temos que encarar estas situações com
normalidade, serenidade e com sentimento de esperança, também
porque vamos ser chamados de novo a decidir sobre o nosso futuro
coletivo”, sustentou.
“Da nossa parte poderão contar os
portugueses com uma campanha em que ficará claro que teremos para
oferecer alternativas de governação, alternativas de novo rumo para
o país, com energia, com novas ideias e com a exigência que o pais
já se habituou a ver na IL”, rematou.