Iniciativa Liberal/Açores quer suspender Sistema de Recolha de Informação Cadastral
26 de jan. de 2021, 16:59
— Lusa/AO Online
Segundo
uma nota de imprensa enviada aos órgãos de comunicação social, o
deputado refere que a entrada em vigor do Sistema de Recolha e Gestão de
Informação Cadastral (SiRGIC), em janeiro, “está a criar enormes
constrangimentos aos promotores e atrasos nos registos”.A
Assembleia Legislativa Regional dos Açores está reunida a partir de
hoje, em sessão plenária, via 'online', devido à pandemia da Covid-19.O
parlamentar aponta ainda que a plataforma “não permite que o promotor
se faça representar por advogado ou solicitador o que, em muitos casos,
tem gerado impasses dado o desconhecimento dos promotores do sistema,
bem como o elevado grau de infoexclusão de algumas faixas da população”.
“Muitos dos promotores e representantes,
na tentativa de resolveram as situações de identificação de confinantes,
que anteriormente era feito através dos serviços de finanças, esbarram
no Regulamento Geral de Proteção de Dados”, acrescenta o deputado.Nuno
Barata declara igualmente que “a questão dos confinantes tem sido o
maior dos desafios, pois ou por estarem ausentes, ou por não se
entenderem, ou simplesmente por não quererem incomodar, é difícil obter
esses documentos”, adiantando que, “no uso da plataforma, em algumas
ilhas, nomeadamente na ilha Terceira, existem divergências nas áreas
entre o que consta da documentação e o que a planta apresenta”.Este
facto “vai acarretar custos elevados aos promotores, cidadãos, para
procederem a essas atualizações”, alerta, sendo que “as plantas que
constam da plataforma estão desatualizadas”.“A
existência de custos adicionais, como por exemplo a exigência de
certidão predial, para os proprietários que voluntariamente pretendam
atualizar o RGG [Representação Gráfica Georreferenciada], não encoraja
e, por isso, não promove essa atualização", acrescenta, referindo que
existem nos serviços", à data de 21 de janeiro, "mais de quatrocentos
processos para obtenção do Número de Identificação do Prédio pendentes e
com demora considerável”.Na proposta de
decreto legislativo regional, refere-se também que a “demora na obtenção
de Representação Gráfica Georreferenciada, validada ou validada com
reserva, pode provocar caducidade de outros documentos e o vencimento de
prazos previstos nos códigos do Processo Administrativo e do Registo
Predial”.De acordo com Nuno Barata, o
“atraso neste tipo de processos cria constrangimentos aos cidadãos e às
empresas nomeadamente na compra e venda de imóveis com ou sem hipoteca,
partilhas e outros”.