Iniciada operação de reflutuação do navio Costa Corcordia
A complexa operação para pôr novamente a flutuar o navio de cruzeiros Costa Concordia foi iniciada esta segunda-feira, mais de dois anos depois do naufrágio ao largo da ilha italiana de Giglio, que provocou mais de 30 mortos em 2012.

Autor: Lusa/AO online

 

“Estou um pouco nervoso”, disse o especialista em desencalhagem de navios, Nick Sloane, que irá supervisionar a operação.

“É uma operação muito complexa”, afirmou, por sua vez, o diretor da Proteção Civil Franco Gabrielli.

Muitos turistas e residentes deslocaram-se ao porto para observar o trabalho da equipa composta por 350 pessoas, incluindo engenheiros e mergulhadores.

O consórcio Titan Micoperi, encarregado da operação, anunciou na semana passada que será interdita a navegação durante as várias fases da operação, o que afetará a circulação de embarcações na zona.

A operação, que se deverá prolongar até dois dias, terá depois uma segunda fase, de outros quatro a cinco dias, de estabilização do navio, após o que se seguirá a partida de Giglio para o porto de Génova, onde será desmantelado, segundo o caderno de encargos de um contrato no valor de 100 milhões de euros que criará dezenas de postos de trabalho.

A última viagem no Mediterrâneo terá 280 quilómetros e durará cerca de quatro dias, com o navio a passar a 25 quilómetros da Córsega e a 10 quilómetros da ilha italiana de Capraia.

O Costa Concordia naufragou no passado dia 13 de janeiro de 2012, após embater violentamente contra um rochedo, tendo resultado do desastre 32 mortos e dezenas de feridos entre as mais de 4.000 pessoas a bordo.

O comandante, o italiano Francesco Schettino, foi o único a ser julgado por homicídio por imprudência, naufrágio e abandono do navio. Outros membros da tripulação receberem penas menos duras.

A operação de recuperação do navio, que já ultrapassou o bilião de euros, é a ambiciosa e espetacular alguma vez tentada para um navio de passageiros.