Inflação homóloga na OCDE sobe para 6,4% em agosto
3 de out. de 2023, 11:15
— Lusa
Num
comunicado hoje divulgado, a Organização para a Cooperação e o
Desenvolvimento Económico (OCDE) precisa que a inflação aumentou entre
julho e agosto em 14 países, com nove países a registarem aumentos de
0,5 pontos percentuais ou mais, incluindo um novo aumento acentuado de
cerca de 10 pontos percentuais na Turquia. A
descida homóloga dos preços da energia observada nos últimos meses nos
países da OCDE abrandou em agosto, indica a organização que adianta que a
inflação da energia aumentou entre julho e agosto em 25 países da OCDE,
mantendo-se negativa em 11 desses 25 países. O
Canadá, a França, a Coreia e a Turquia registaram aumentos de 10 pontos
percentuais ou mais, o que resultou numa inflação energética positiva
nestes países. Contudo, a OCDE sublinha que a inflação da energia manteve-se negativa em termos homólogos em 22 dos 38 países da OCDE.A
inflação dos produtos alimentares continuou a diminuir, mas a um ritmo
mais lento do que nos meses anteriores, atingindo 8,8% em agosto, contra
9,2% em julho. Em relação à inflação
subjacente, que exclui os produtos alimentares e a energia, a OCDE
afirma que esta se manteve globalmente estável, situando-se em 6,8% em
agosto.A inflação homóloga no G7 subiu para 4,2% em agosto, contra 3,9% em julho, o primeiro aumento desde outubro de 2022. No
Canadá, em França e nos Estados Unidos, a inflação homóloga aumentou
0,5 pontos percentuais ou mais e a inflação da energia registou um
aumento acentuado. Em contrapartida, a
inflação global de agosto continuou a abrandar em Itália, atingindo o
nível mais baixo desde janeiro de 2022 e permaneceu globalmente estável
na Alemanha, no Japão e no Reino Unido. A
inflação alimentar do G7 continuou a cair, com descidas em todos os
países do G7, enquanto a inflação subjacente continuou a registar apenas
uma descida moderada. Os produtos não
alimentares e não energéticos continuaram a ser os principais
contribuintes para a inflação global em todos os países do G7 em agosto.
Na zona euro, a inflação homóloga medida
pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) manteve-se
globalmente estável em 5,2% em agosto de 2023, contra 5,3% em julho. A
recuperação dos preços dos produtos energéticos entre julho e agosto na
zona euro quase compensou a queda da inflação dos produtos alimentares e
a ligeira descida da inflação subjacente. A
estimativa provisória do Eurostat para setembro de 2023 aponta para uma
queda da inflação homóloga na zona euro para 4,3%, o nível mais baixo
desde outubro de 2021. A OCDE refere que
se estima que a inflação energética e a inflação subjacente tenham
diminuído em setembro e que a inflação tenha diminuído acentuadamente em
setembro na Alemanha, refletindo um efeito de base e a redução das
políticas de apoio em setembro de 2022.No G20, a inflação homóloga aumentou para 6,3% em agosto, contra 5,8% em julho. A
inflação global aumentou na Argentina, no Brasil e na Indonésia,
manteve-se estável na África do Sul e diminuiu na Índia e na Arábia
Saudita. Na China, a inflação subiu para um valor ligeiramente acima de zero em agosto, depois de uma descida no mês anterior.