Infarmed recebeu este ano mais de 11.300 notificações de reações adversas a medicamentos
27 de nov. de 2019, 12:37
— Lusa/AO Online
De
acordo com os dados da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de
Saúde, foram recebidas desde o início do
ano 11.359 notificações de reações adversas, 6.613 consideradas graves e
4.746 não graves.Os números do Infarmed
indicam ainda que quem mais notifica são os titulares da autorização de
introdução no mercado (indústria), seguidos do médico, farmacêutico,
enfermeiro, outros profissionais de saúde e, finalmente, o utente.O
número de notificações por ano tem vindo a subir (em 2018 tinham sido
recebidas 10.673) e, segundo o relatório do 3.º trimestre deste ano,
entre julho e setembro foram recebidas 2.327 notificações, referentes a
2.130 casos (cada caso pode ter mais do que uma notificação, pois pode
ser apresentado pelo profissional de saúde, pelo doente ou pela
indústria).Das 2.327 notificações, 862 foram feitas pelos profissionais de saúde e utentes e 1.465 pela indústria.Depois
de feita a triagem das notificações duplicadas ou triplicadas, os dados
apontam para 2.130 casos de reações adversas, 1.137 graves e 993 não
graves.O relatório do 3.º trimestre,
divulgado na semana em que decorre a “Med Safety Week”, uma campanha de
alerta para a necessidade e importância de notificar os efeitos
indesejáveis aos medicamentos, indica que a maioria dos casos (58%) se
referem a utentes do sexo feminino e 34% do sexo masculino. Há um total
de 8% de casos em que o sexo do utente não é identificado.Dos
2.130 casos, 18% referem-se a agentes imunossupressores (para o sistema
imunitário), 12% a agentes antineoplásicos (para o cancro), 7% a
terapêutica endócrina, 5% a antibacterianos para uso sistémico e 4% a
vacinas.Nos últimos 12 anos, foram
registadas pelo Infarmed quase 50.500 notificações de reações adversas a
medicamentos, 34.254 graves (67%) e 16.243 não graves.