Inês Henriques ainda vai lutar para introduzir 50 km marcha
Tóquio2020
3 de abr. de 2020, 10:15
— Lusa/AO Online
“Ainda não consegui falar com o
meu advogado, Paul DeMeester, para ver as possibilidades de voltarmos a
trabalhar na introdução dos 50 km de marcha femininos, continua a ser o
grande objetivo”, admitiu a campeã do mundo da distância em 2017.Apesar
do adiamento dos Jogos, e face à decisão de fevereiro último do
Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), a atleta não espera facilidades:
“Tendo em conta o que se passou, sei que o Comité Olímpico Internacional
(COI) não nos vai facilitar a vida”.A 4
de fevereiro, o recurso enviado ao TAS por um grupo de atletas, entre
as quais a portuguesa, foi rejeitado, com aquele tribunal a considerar
não ter jurisdição para julgar o caso, deitando por terra as aspirações
de se aplicar a decisão junto da World Athletics (antiga IAAF) e do COI.Mesmo assim, a atleta natural de Rio Maior, de 39 anos, reitera a ambição de estar nos Jogos.“Eu
quero estar nos meus quartos Jogos Olímpicos, se não for nos 50, será
nos 20 quilómetros. Neste momento, estamos a uma grande distância dos
Jogos e, tendo em conta a minha idade, vou trabalhar diariamente e, na
altura, definir os objetivos”, frisou.O
reagendamento de Tóquio2020 para o período entre 23 de julho e 8 de
agosto de 2021 vai permitir, além da possível ‘batalha’ pela introdução
da distância maior no programa de atletismo feminino dos Jogos, uma
preparação mais atempada da marchadora.“Depois
da decisão do COI, fiquei mais tranquila e estou a aproveitar para
fazer uma boa base de quilómetros. Tendo em conta os problemas que tive
no ano anterior, sinto que era o que me estava a faltar e estou a
aproveitar esta pausa de competições para o fazer de forma tranquila. E
está a correr bem”, concluiu.Inês
Henriques já esteve presente em três edições de Jogos Olímpicos, tendo
como melhor resultado o 12.º lugar no Rio2016, depois de ter sido 15.ª
em Londres2012 e 25.ª em Atenas2004, sempre nos 20 quilómetros marcha.