Autor: Lusa/AO Online
“A partir de agora, irei liderar a autarquia, mas serei a presidente de todos os santacruzenses”, disse à agência Lusa a cabeça-de-lista do Movimento Cívico Pelo Concelho (MCC) de Santa Cruz das Flores.
Elisabete Nóia referiu que os objetivos para o mandato autárquico passam por “fixar pessoas” e tornar Santa Cruz das Flores um concelho “mais economicamente revitalizado”, construir habitação e que “seja atrativo” para as pessoas ali residirem com "qualidade de vida”.
A nova líder da autarquia, de 45 anos, técnica superior no município, foi entre 2013 e março de 2025 vice-presidente da Câmara liderada pelo socialista José Carlos Mendes, que não se recandidatou por limite de mandatos.
“Nós sabíamos que a nossa vitória ia ser difícil, porque nós não temos suporte partidário, mas pela receção e pela recetividade que tivemos das pessoas, achávamos que iríamos ganhar. As pessoas aderiram ao movimento, participaram, nós tínhamos já algum sentimento e alguma esperança de que iríamos ganhar as eleições”, declarou.
Já Daniel Miranda, de 49 anos, candidato do PSD, que ficou em segundo lugar, disse à Lusa que vai assumir o lugar de vereador no novo executivo municipal.
“O meu intuito é assumir as minhas responsabilidades, assumir o resultado, trabalhar em prol do concelho e ajudar a tornar Santa Cruz [das Flores] um concelho melhor para viver. Este é o nosso lema e é para isso que estamos cá”, declarou.
O candidato social-democrata admitiu que o resultado final “foi uma surpresa”, porque o PSD perdeu para a liderança da Câmara por uma margem de sete votos e na Assembleia Municipal teve menos um voto que a lista independente.
“Foi tudo ali muito junto. Penso que houve pessoas que, à última da hora, terão refletido sobre outros assuntos”, vaticinou, para explicar os resultados.
Daniel Miranda garantiu que vai “apoiar o executivo que vai avançar na Câmara” e que está disponível para trabalhar pelo concelho.