Independência provocará êxodo da maioria dos servo-kosovares

Kosovo

13 de nov. de 2007, 18:37 — Lusa / AO online

De acordo com o estudo de opinião divulgado pela agência Tanjug, 84 por cento (pc) dos 889 servo-kosovares inquiridos pela empresa de marketing Stratedzik garantiu que a violência aumentará num Kosovo independente. Para 64 pc, haverá um recrudescimento da violência mesmo se o território continuar a ser uma província sérvia. O universo da sondagem foi unânime a admitir que no centro dos problemas está o estatuto do Kosovo, onde o desemprego é generalizado e se prende directamente com a falta de segurança. Para 61 pc dos servo-kosovares questionados, a Rússia - membro da troika que arbitra as negociações sobre o futuro estatuto do território, juntamente com a UE e os Estados Unidos - é o país estrangeiro mais digno de confiança. A União Europeia (UE) só merece a confiança de oito pc e os Estados Unidos de um pc. As negociações entre Belgrado e Pristina sobre o futuro estatuto do Kosovo deverão concluir a 10 de Dezembro, data em que a troika entrega o seu relatório ao secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon. A maioria albano-kosovar - 90 pc dos cerca de dois milhões de habitantes do território - não abre mão da independência, enquanto as autoridades sérvias não estão dispostas a ir além da concessão de uma ampla autonomia. O Kosovo está sob administração da ONU (MINUK) desde meados de 1999, data do fim dos bombardeamentos da Aliança Atlântica (NATO) que provocaram o êxodo de mais de 200.000 servo-kosovares.