Incêndio em navio na Foz do Douro mantém-se ativo mas controlado
22 de mar. de 2023, 09:35
— Lusa/AO Online
“Mantém-se
tudo igual a ontem à noite [terça-feira]. O navio [que transporta
combustível refinado] continua a cerca de 11 milhas da linha de costa
[quase 18 quilómetros] e tem dois rebocadores portuários a dar
assistência, a manter a posição e a arrefecer as estruturas com jatos de
água”, disse à Lusa o comandante do Porto de Leixões.De
acordo com o capitão Silva Rocha, no local e nos rebocadores, cerca das
07h00, mantinham-se o comandante e dois tripulantes para prestar
assistência técnica necessária.“Estamos a
aguardar a chegada da Fragata Corte-Real da Marinha para que depois as
equipas técnicas façam uma avaliação mais rigorosa sobre o que está a
acontecer no navio”, disse.Segundo a
Marinha Portuguesa, o alerta foi dado cerca das 15h30 de terça-feira
para o “Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo (MRCC) de
Lisboa, da Marinha” para um “incêndio no navio-tanque Greta K, com
bandeira de Malta, que se encontrava a navegar a cerca de uma milha e
meia de costa, cerca de três quilómetros, junto à praia dos Ingleses, na
Foz do Douro, com 19 pessoas a bordo, todas de nacionalidade filipina”.De acordo com o capitão do Porto de Aveiro, não houve derrame de combustível, mantendo o navio a sua integridade física.Às 07h00 estavam no local uma embarcação salva-vidas, outra da Polícia Marítima e dois rebocadores portuários.“Não
há feridos a registar. Apenas um dos tripulantes foi levado ao hospital
com queixas numa mão”, disse ainda o capitão Silva Rocha.O
navio Greta K, que se incendiou ao largo da Foz do Douro, no Porto,
encontrava-se às 17:45, na altura do incidente, a quatro quilómetros da
costa, vindo do porto de Sines, de acordo com a aplicação Marine
Traffic.O navio em chamas dirigia-se para o porto de Leixões, em Matosinhos, acrescentou a fonte da Proteção Civil.Na
terça-feira à noite, foram retirados os tripulantes, permanecendo três,
e a embarcação estava a ser rebocada para longe da costa, segundo a
Marinha Portuguesa.A Administração dos
Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), que tinha a bordo um
piloto de barra no apoio ao navio que se dirigia para Leixões,
conseguiu rapidamente colocar no local três navios-rebocadores a ajudar
no combate ao incêndio. Também o Capitão do Porto do Douro e de Leixões
empenhou duas embarcações da Estação Salva-vidas de Leixões, segundo um
comunicado da Marinha.O navio, que tem “a
bordo gasóleo e combustível destinado a aviões (jet fuel) e não tem
crude”, foi rebocado para uma zona afastada de costa.Na
terça-feira, a Marinha indicou que estava a reforçar o material e as
equipas de combate à poluição para a eventualidade de algum foco de
poluição, enquanto o Instituto Hidrográfico, da Marinha, também se
encontrava a acompanhar a situação para a eventual necessidade de
cálculo da deriva, em caso de foco de poluição.