Inauguradas 12 bacias de retenção de caudais sólidos em ribeiras da ilha Terceira
4 de nov. de 2024, 16:33
— Lusa
A empreitada
executada no concelho de Angra do Heroísmo foi inaugurada pelo
secretário Regional do Ambiente e Ação Climática, Alonso Miguel, e pela
secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta
Cabral.Segundo Alonso Miguel, citado numa
nota de imprensa do executivo regional, a intervenção representou um
investimento total de cerca de 730 mil euros e contemplou a construção
de 12 bacias de retenção de caudais sólidos de grandes dimensões, “em
diferentes ribeiras existentes na zona oeste da ilha Terceira, mais
concretamente nas freguesias de São Bartolomeu, Cinco Ribeiras, Santa
Bárbara e Doze Ribeiras”. “Além das
bacias, o projeto incluiu intervenções complementares, como a
reconstrução de muros, movimentações de terras e a limpeza de taludes,
assegurando a estabilidade dos terrenos e a eficácia do sistema”, disse.O
projeto “simboliza o compromisso contínuo do Governo Regional para com a
implementação de infraestruturas que garantam a proteção e o bem-estar
das populações face aos desafios climáticos e ambientais do presente e
do futuro”, segundo o secretário Regional do Ambiente e Ação Climática.A
obra representa ainda o culminar de um conjunto de intervenções de
requalificação da rede hidrográfica do concelho de Angra do Heroísmo,
“juntando-se à empreitada de Minimização de Riscos Hidrológicos na Grota
da Lagoinha e à requalificação da Ribeira da Vinha Brava, que, no seu
conjunto, representaram um investimento de cerca de 1,5 milhões de
euros”.Na opinião do governante, a
intervenção também é “um passo significativo na mitigação dos riscos de
inundação na ilha Terceira, mais concretamente no concelho de Angra do
Heroísmo”.Ainda de acordo com Alonso
Miguel, o projeto é uma resposta “à necessidade crescente de proteção
das populações contra cheias e inundações, integrando-se num conjunto de
obras projetadas e executadas na ilha Terceira de forma a implementar
soluções eficazes para minimizar riscos naturais a que as populações
estão sujeitas”.“Na região, a elevada
densidade de drenagem e a reduzida dimensão das nossas bacias
hidrográficas, com declives acentuados e tempos de concentração curtos,
propiciam a ocorrência de cheias rápidas e inundações, sobretudo na
sequência de episódios de precipitação extrema, algo cada vez mais
frequente nos Açores, fruto dos efeitos das alterações climáticas, e que
resulta muitas vezes em prejuízos materiais e financeiros avultados e,
sobretudo, ameaçando a segurança das populações”, esclarece.Para
o titular da pasta do Ambiente nos Açores, “uma das formas mais
eficazes para garantir a redução de riscos hidrológicos é através da
construção de bacias de retenção de caudais sólidos, que são
infraestruturas críticas para a proteção das populações, infraestruturas
e ecossistemas, que permitem regularizar os caudais de cheia e gerir
eficazmente o escoamento das águas e os fluxos de sedimentos
transportados pela água”.A secretária
Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores, Berta
Cabral, também citada na nota, destaca “a excelente articulação entre os
departamentos envolvidos, sublinhando a colaboração eficaz em todas as
etapas do processo - desde o levantamento das necessidades e a
elaboração do projeto até à execução final e entrega da obra para o
serviço das populações”.