Impacto na economia da Madeira é superior a mil milhões de euros
Covid-19
18 de mar. de 2020, 13:28
— Lusa/AO Online
"Estimamos
um impacto muito forte, acima dos mil milhões de euros até ao final
deste ano", referiu no final de um encontro com representantes das
instituições bancárias sedeadas na Madeira.Pedro
Calado realçou o peso que o setor do Turismo tem na economia regional -
representa cerca de 25% do PIB regional e é responsável, direta e
indiretamente, pelo emprego de cerca de 20 mil pessoas - e que será um
dos principais visados pela atual crise.Segundo
o governante, a região atravessa já um período de "grande abrandamento
da economia", que deverá estender-se até junho, seguindo-se um período
de recuperação mas que "será lento" até ao final do ano."Temos
de estar todos preparados para que a nossa economia tenha um impacto
muito negativo", frisou, lembrando que o Orçamento da Região para este
ano é de 1,7 mil milhões de euros.Nesse
sentido, o Governo Regional decidiu reunir-se hoje com os representantes
da banca para apelar que tenha em consideração "o momento difícil que a
região está a viver".Pedro Calado espera
que seja possível estabelecer um moratória até setembro no cumprimento
de contratos de empréstimos, quer à habitação, quer ao consumo, quer ao
tecido empresarial."Também estamos a pedir
o mesmo ao Governo da República no que diz respeito ao pagamento de
retenções na fonte de IRS, do pagamento do IRC, no pagamento por conta,
nas prestações do IVA e protelar, no tempo, o pagamento das prestações à
Segurança Social", revelou.Pedro Calado
lembrou que o Governo Regional já tomou algumas medidas para mitigar as
dificuldades das famílias e empresas nomeadamente a isenção do pagamento
de água e de luz."Estamos a preparar a
isenção do pagamento de rendas de tudo o que seja concessões do Governo
Regional", adiantou, salientando que o executivo está a trabalhar "em
todas as frentes para que a população sinta um grande apoio por parte de
todas as instituições"."Este contacto foi
muito positivo, sentimos muita recetividade por parte das instituições
financeiras que estiveram hoje presentes connosco", concluiu.