Imigrantes no Reino Unido obrigados a trocar documentos físicos por vistos eletrónicos
19 de set. de 2024, 11:07
— Lusa/AO Online
O Ministério do Interior
britânico está a instar titulares de autorização de residência
biométrica (BRP), cartão de residência biométrico (BRC) e passaportes
com vinheta ou carimbo a conceder estadia a criarem contas no sistema de
vistos eletrónicos. Mais de seis milhões
de imigrantes europeus que fazem parte do Sistema de Registo de cidadãos
da União Europeia [EU Settlement Scheme, EUSS] aberto depois do Brexit
já estão sujeitos a esta política. Enquanto
um cartão ou papel que pode ser perdido, roubado ou adulterado, um
visto eletrónico permite que os titulares de vistos comprovem de forma
instantânea e segura os direitos de residência, justifica o Ministério
do Interior.Isto é feito através de uma
página da Internet, após a inserção do número do documento de identidade
e a resposta a várias questões de segurança. A
partir do próximo ano, bastará aos imigrantes apresentarem o passaporte
à entrada do Reino Unido através do qual serão cruzadas as informações
sobre o estatuto de residente para lhes ser concedida a entrada. O
'eVisa' também é usado para efeitos de emprego, estudo ou arrendamento
de casa, acesso ao sistema de saúde público ou para receber apoios
sociais. No entanto, organizações de apoio
a imigrantes como a 3million apontaram como problemas a fragilidade do
sistema digital e falta de literacia de muitos destes imigrantes no uso
de meios eletrónicos.Para facilitar a
transição, o Ministério do Interior disponibilizou até quatro milhões de
libras (4,8 milhões de euros) para financiar o trabalho destas
organizações. Este processo acontece no âmbito da digitalização das fronteiras britânicas. Na
semana passada, o Governo anunciou que os turistas europeus vão
precisar de Autorização Eletrónica de Viagem a partir de abril de 2025
para entrar no país.