Ilhas do Faial, Pico e Terceira vão ter aumento de voos
27 de nov. de 2024, 10:12
— Lusa/AO Online
"Já pedimos à SATA para fazer
uma avaliação das necessidades. Temos autorizado muitos voos interilhas
extraordinários, mas é preciso fazer o estudo rigoroso porque,
efetivamente, já disse, há o Faial a pedir voos, há o Pico a pedir voos,
há a Terceira a pedir voos”, adiantou Berta Cabral.A
governante, que falava durante a discussão do Orçamento dos Açores para
2025, na Assembleia Legislativa, na Horta, considerou que o transporte
aéreo na região “merece ser estudado”.“Estou
em condições de dizer que brevemente teremos notícias sobre isso, com o
aumento de voos para estas ilhas que eu acabei de falar”, acrescentou.Antes,
na intervenção inicial, Berta Cabral afirmou que o turismo dos Açores
está no “seu ponto mais alto de sempre” e reiterou que o investimento
público para 2025 tem “o foco prioritário na execução do Plano de
Recuperação e Resiliência”.Nos transportes
terrestres, a secretária regional adiantou que o executivo vai dar
“continuidade à transição para os novos contratos de prestação de
serviço para o transporte coletivo de passageiros”.“Já
temos em vigor os contratos de Santa Maria, São Jorge, Pico, e Flores,
concluímos Graciosa e Faial, e no início do próximo ano fecharemos
também os processos mais complexos e de maior dimensão relativos a São
Miguel e Terceira”, avançou.No debate, a
socialista Marlene Damião considerou que a redução dos voos da Ryanair
na época baixa e a “instabilidade” no grupo SATA revelam a
“incapacidade” do executivo em “assegurar a conectividade no setor
aéreo” da região.Apelando a uma maior
“intervenção” face aos “baixos salários” praticados no turismo, a
deputada do PS defendeu que também são precisas “respostas” do Governo
Regional para diminuir o impacto” da imposição de um teto máximo no
subsídio social de mobilidade por parte do Governo da República.Após
Francisco Lima (Chega) ter solicitado informações sobre a estrada entre
o Raminho e a Serreta, que se encontra encerrada, Berta Cabral
salientou a complexidade da obra e lembrou que a secretaria regional já
está “a fazer internamente o projeto” para a intervenção.“Não
podemos pôr o empreiteiro em risco, não podemos pôr as pessoas que por
lá passam em risco, se alguém subscrever isto a gente abre a estrada,
mas não vou ser eu a subscrever”, sublinhou.O
social-democrata Rúben Cabral destacou que com o atual Governo Regional
os “Açores deixaram de pagar a companhias aéreas para voar”, uma vez
que a região “é que tem de ser apetecível para as companhias aéreas”.António
Lima (BE) acusou o executivo açoriano de “matar transporte coletivo de
passageiros” por estar a “satisfazer os interesses instalados de sempre”
e alertou que uma economia “altamente dependente do turismo”, além de
“pobre”, está “sujeita a enormes riscos externos”.