Autor: Maria Andrade
Para comemorar 10 anos de atividade, o Urban Sketchers Ilha Terceira organiza um encontro Atlântico na ilha em agosto deste ano.
“A Terceira é, sem dúvida, um lugar onde a história e a natureza se encontram com o desenho. Um verdadeiro ponto de encontro atlântico — e o destino ideal para quem quer captar o mundo num caderno”, afirma o comunicado enviado às redações.
O programa arranca no dia 21 de agosto com uma sessão de boas-vindas no Centro Interpretativo de Angra do Heroísmo, uma edifício projetado pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira, explica o comunicado.
Seguem-se dois dias inteiros dedicados ao desenho: o primeiro (22 de agosto) em Angra do Heroísmo, cidade Património Mundial da Unesco, e o segundo (23 de agosto) na Praia da Vitória, com excursão e jantar gratuitos em grupo.
A manhã de domingo, 24 de agosto, conta com uma visita livre ao Museu de Angra do Heroísmo e culmina com a sessão de encerramento nos Paços do Concelho, “símbolo do liberalismo português”, lê-se no comunicado.
A participação na iniciativa, apoiado pelas Câmaras Municipais de Angra do Heroísmo e Praia da Vitória, é aberta a todos os interessados, sendo as vagas limitadas a 100
participantes. A inscrição deve ser realizada através do site oficial do evento e tem um custo de 20 euros.
Urban Sketchers
O movimento, criado em 2007 pelo jornalista e ilustrador Gabriel Campanario, surgiu como uma blog coletivo e rapidamente transformou-se numa rede global com milhares de participantes.
“Mais do que uma prática artística, o urban sketching é uma atividade cultural e social. Reúne pessoas de todas as idades e origens, promovendo o convívio, a criatividade e
a descoberta dos espaços em que vivemos. É esta simplicidade e força comunitária que tornam o movimento tão especial”, diz o comunicado.
Na ilha Terceira, o grupo Urban Sketchers estabeleceu-se em 2015 como uma associação sem fins lucrativos.
Já organizou mais de 140 encontros e conta com três livros publicados, representando uma referência na promoção do desenho como forma de cidadania ativa.
Para Manuel Martins, atual presidente e fundador do grupo, o verdadeiro poder do desenho está na forma como aproxima as pessoas.
“Temos participantes dos 5 aos 70 anos. Um lápis e um caderno conseguem criar pontes entre gerações e realidades muito diferentes”, afirma.