ILGA distingue RTP, APAV e políticos pela luta contra a discriminação
27 de dez. de 2018, 09:12
— Lusa/AO Online
Os prémios são
atribuídos anualmente a pessoas e instituições que se destaquem na luta
contra a discriminação em função da orientação sexual, realizando-se
agora a 16.ª edição da iniciativa.Segundo
um comunicado da ILGA - Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e
Intersexo, a 12 de janeiro vão receber também a distinção da ILGA o
atleta olímpico Célio Dias, o casal Gabriela Sobral e Inês Herédia, e a
deputada Sandra Cunha, do BE. Na categoria partidos, a ILGA contempla o PS, o BE, o PCP, o PEV e o PAN, além da deputada Teresa Leal Coelho, do PSD.Os troféus a atribuir foram criados pelo artista plástico Vasco Araújo.Os
promotores consideram que a RTP tem “dado provas de que é possível
resistir e dar espaço e visibilidade à diversidade”, contribuindo para
“quebrar silêncios e desconstruir preconceitos”, num país “ainda com
muitas lacunas cívicas” no que toca à “defesa e sensibilização dos
Humanos dos Direitos Humanos, incluindo das pessoas LGBTI”.A
ILGA decidiu distinguir a Associação de Apoio à Vítima (APAV) por ter
lançado um movimento (#respectbattles), ao qual aderiram várias figuras
do hip-hop português, entidades públicas e organizações não
governamentais nacionais e internacionais que, em conjunto, “alertam
através da música de intervenção para a urgência do combate aos
discursos e crimes de ódio nas suas mais variadas vertentes”. Está
igualmente contemplado o documentário “Até que o Porno nos Separe”, de
Jorge Pelicano. Este prémio é atribuído pela AMPLOS - Associação de Mães
e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual e Identidade de Género. A
ILGA considera ainda que a jornalista Carolina Reis tem abordado de
forma responsável "os muitos desafios que ainda se colocam à igualdade
de género e, em particular aos direitos das mulheres e das pessoas
LGBTI, elevando o nível da informação em torno destas questões no debate
público, nomeadamente as recentes mudanças legislativas com impacto nos
direitos fundamentais das pessoas LGBTI, tal como a lei que garante o
direito à autodeterminação da identidade, expressão de género e
características sexuais, ou em questões que dizem respeito a direitos no
acesso à procriação medicamente assistida e à gestação de substituição.