IL diz que o Orçamento dos Açores para 2022 ainda tem "gravíssimos problemas"
5 de nov. de 2021, 20:03
— Lusa/AO Online
Em declarações à agência Lusa a
propósito das audições dos membros do Governo de coligação
PSD/CDS-PP/PPM sobre as propostas de Plano e Orçamento, o liberal,
que ameaçou votar contra os documentos caso não fosse reduzido o
nível endividamento previsto nas antepropostas, destacou que o seu
sentido de voto não está fechado.
“A minha posição está consolidada.
Não vou dizer que está fechada. Esta proposta que foi apresentada é
bem melhor do que a anteproposta. No entanto, encerra ainda
gravíssimos problemas. Cabe à maioria parlamentar resolver esses
problemas”, declarou.
Nuno Barata disse ter “muito pena”
que o Governo dos Açores (PSD, CDS-PP, PPM) tenha feito “orelhas
moucas” aos “avisos” da IL e voltou a insistir na necessidade
de reduzir o endividamento da região.
“Não é endividando-se que se
resolvem os problemas desta região. Não é endividando-se para
fazer obras desnecessárias. Isso é a mesma coisa que uma família
se endividar para fazer férias e depois faltar dinheiro para educar
os filhos”, comparou.
O líder da IL/Açores salientou que
“cabe ao Governo” Regional, e não a um deputado único,
“apresentar soluções” para os “problemas” da região.
“O senhor presidente do governo
escusa de apelar ao sentimento de união e ao sentido de
responsabilidade, porque a grande responsabilidade é dos três
partidos que constituem o governo, principalmente do PSD",
advogou.
Na quarta-feira, o presidente do
Governo dos Açores manifestou a expectativa de que, no parlamento
regional, haja de cada deputado a “assunção da sua
responsabilidade” para aprovar o Plano e Orçamento Regional para
2022, afastando preocupações com o chumbo da proposta.
Nuno Barata considerou "anacrónicas"
as audições aos membros do executivo, que decorreram esta semana,
defendendo que as mesmas deviam ser realizadas “na fase em que as
propostas” de Plano e Orçamento são “remetidas aos parceiros
sociais.
“As corporações instaladas, quer em
sede do Conselho Económico e social, quer distribuídas pelos
Conselhos de Ilha, acabam tendo mais possibilidade de fazer pressão
sobre o governo para mudar seja o que for do que as forças políticas
representadas no parlamento”, criticou.