IL diz que Costa deve explicações ao país e recusa solução de continuidade
Demissão Marta Temido
30 de ago. de 2022, 12:38
— Lusa/AO Online
“A demissão da ministra da Saúde, anunciada
esta madrugada, não significa, necessariamente, uma alteração das
políticas que este Governo tem vindo a seguir na área da Saúde e que têm
conduzido ao caos no SNS que a Iniciativa Liberal denuncia
sistematicamente há já largos meses. Ficamos sem saber se se demite uma
ministra ou se se acaba uma política”, afirmou o presidente da
Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim Figueiredo, numa nota enviada à
agência Lusa.Na opinião do liberal, “não é
possível dizer se esta demissão é uma boa ou uma má notícia para
aqueles portugueses que não têm alternativa senão recorrer aos serviços
públicos de saúde”, mas é preciso perceber os motivos alegados por Marta
Temido no momento da demissão. “Sobretudo,
é essencial entender se o senhor primeiro-ministro, que aceitou a
demissão de imediato, está na prática a assumir o falhanço das opções
políticas pelas quais é responsável. O chefe do Governo tem de vir dar
explicações ao país e dizer, com clareza, que orientações políticas vai
dar ao novo titular da pasta”, desafiou.Para
João Cotrim Figueiredo, “se António Costa optar por uma solução de
continuidade de políticas e de responsáveis, continuará, também, a ser o
maior responsável pelo estado calamitoso do SNS”.A
IL insiste na necessidade de “reforma profunda do sistema”, baseada “na
concorrência entre prestadores e na liberdade de escolha dos doentes”.A
ministra da Saúde, Marta Temido, apresentou hoje a demissão por
entender que “deixou de ter condições” para exercer o cargo, que foi
aceite pelo primeiro-ministro.