IL alerta que Governo dos Açores “vai ter de pedir aos bancos” 200 ME em 2025

25 de nov. de 2024, 15:45 — Lusa/AO Online

“O governo de coligação omite que, por causa da sua irresponsabilidade e incapacidade, vai ter de pedir aos bancos em 2025 mais quase 200 milhões de euros, sendo que quase metade será dívida para pagar dívida. É como pagar uma letra vencida com o cartão de crédito”, afirmou Nuno Barata.O liberal falava na Assembleia Legislativa, na Horta, no arranque da discussão do Plano e Orçamento dos Açores para 2025.Na intervenção inicial, Nuno Barata criticou o rumo das finanças públicas e alertou para o aumento da “galáctica” dívida pública.“Cada bebé açoriano já nasce endividado em mais de 13,500 euros - ou seja, três vezes mais do que há oito anos -, tendo em conta que a dívida açoriana atinge já o estratosférico valor de 3,6 mil milhões de euros”, salientou.Por outro lado, o liberal condenou o “aumento de 10% nos cargos de nomeação política que se registou desde 2020”, que servem para “sustentar as clientelas” do Governo Regional, e alertou para o agravamento dos indicadores sociais.“Se em 2013 tínhamos a maior taxa de pobreza de sempre, e do país, hoje, após quatro anos da governação desta coligação [PSD/CDS-PP/PPM], os indicadores pioraram e a proporção da população residente em risco de pobreza ou exclusão social é de 31,4%, continua a mais alta do país”, declarou.Nuno Barata citou uma intervenção de 2004 do atual presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, quando era deputado do PSD, para afirmar que a proposta de Plano para 2025 tem “uma grande dispersão e proliferação de ações com verbas demasiado reduzidas”."Dos investimentos previstos para 2025, para além de cerca de metade não serem investimento público, mas ações para pagamento de despesas correntes, temos 40% de ações com um valor inferior a 100 mil euros (mais 5% do que há 20 anos)”, realçou.Além disso, acrescentou, o Plano apresenta “55% de ações com um valor inferior a 250 mil euros - o mesmo que há 20 anos - e 69% de ações cujo valor inscrito é inferior a 500 mil euros - exatamente o mesmo que para 2005)”.