IL alerta que é preciso “reverter o caminho de crescimento” da dívida dos Açores
21 de nov. de 2022, 13:21
— Lusa/AO Online
Intervindo
na Assembleia Legislativa, na Horta, Nuno Barata realçou que a IL tem
assumido uma postura “responsável”, defendendo que é preciso “reverter o
caminho de crescimento da divida” da Região Autónoma dos Açores porque
"só a redução da dívida pode ajudar as empresas e as famílias”.“Dívida
é igual a pobreza. Garantidamente. Nas pessoas, nas famílias, nas
empresas, nas regiões e nas nações. Para nós, dívida é igual a pobreza.
E, tarde ou cedo, a dívida é para se pagar. E como é para se pagar
deixa-se de fazer os investimentos que precisam de ser feitos”, afirmou.Barata
lembrou que, nos últimos 10 anos, a dívida pública açoriana cresceu
869%, acusando os Governos Regionais e os partidos da oposição de então
de promoverem um “regabofe”.“Esta região
não pode continuar a suportar um serviço da dívida desta dimensão. Não
pode. Mesmo colocando em risco o investimento”, alertou.Nuno
Barata avisou que, na última década, o Produto Interno Bruto (PIB) da
região “não cresceu na mesma dimensão da dívida”, defendendo que é
preciso inverter a “trajetória de hipotecar o futuro”.“As dívidas contraídas hoje hipotecam o futuro de amanhã”, assinalou.Nuno
Barata considerou ainda que é preciso travar a “sangria” na
transportadora aérea SATA, considerando a privatização da Azores
Airlines um “imperativo”.A proposta de
decreto legislativo regional do Orçamento da Região Autónoma dos Açores
para 2023 autoriza a “alienação da maioria da participação social
indireta” da região na SATA Internacional – Azores Airlines e prevê um
“endividamento zero”.O Orçamento dos
Açores para 2023, de cerca de 1,9 mil milhões de euros, começou hoje a
ser debatido no plenário da Assembleia Legislativa Regional, onde a
votação final global deve acontecer na quinta ou na sexta-feira.A
Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados e, na
atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM,
dois do BE, um da Iniciativa Liberal, um do PAN, um do Chega e um
deputado independente (eleito pelo Chega). PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representam 26 deputados, assinaram um acordo de governação.A
coligação assinou ainda um acordo de incidência parlamentar com o Chega
e com o deputado independente Carlos Furtado (ex-Chega) e o PSD um
acordo com a IL.