IL/Açores sugere a Bolieiro plano de redução da despesa corrente
17 de set. de 2024, 08:53
— Lusa/AO Online
Nuno Barata
reiterou a sua preocupação com a "privatização urgente da Azores
Airlines, até para cumprir aquilo com que a região se comprometeu com a
União Europeia”, bem como a constituição da dívida pública futura “para
as gerações que vêm a seguir pagarem”.O
também deputado regional, que foi recebido em Ponta Delgada pelo
chefe do executivo açoriano no quadro das audiências aos partidos
políticos para auscultação sobre as antepropostas de Plano e Orçamento
para 2025, levou como “grande novidade” - porque “a receita está a ficar
aquém da despesa” - a sugestão de um plano integrado de redução da
despesa corrente.“É uma preocupação que
nós temos há algum tempo. Nós percebemos que não está na mão dos
secretários regionais ou diretores regionais, sendo tudo mais
transversal à administração pública”, disse Barata. O
dirigente da IL/Açores apontou exemplos como a redução da iluminação, a
par de uma iluminação mais eficiente, consumos com viaturas ou viagens.Questionado
sobre a receção de Bolieiro, referiu que o presidente – que governa sem
maioria absoluta - “tem aquela habilidade de ser sempre muito recetivo a
tudo”.Nuno Barata não acredita que “venha
por aí um Plano e Orçamento diferente dos anteriores”, sendo “mais do
mesmo, com mais divida”.O partido vai, no
entanto, aguardar para conhecer os documentos e depois decidir o seu
sentido de voto durante a apreciação e votação do Plano e Orçamento de
2025 na Assembleia Legislativa Regional.Nuno
Barata não identificou medidas que considere cruciais para fazer pender
o sentido de voto da IL, mas ressalvou que “há uma questão que tem sido
muito cara para o partido, que tem a ver com a dívida” pública
regional.“Isso nem sequer é uma questão
ideológica, mas sim de responsabilidade intergeracional”, frisou, para
referir que a dívida “tem que ser um desígnio regional, sob pena de se
deixar um legado que não orgulhará no futuro”. O
executivo PSD/CDS-PP/PPM saído das eleições legislativas antecipadas de
04 de fevereiro necessita do apoio de outro partido ou partidos com
assento parlamentar para aprovar as suas propostas.No
sufrágio de fevereiro, PSD, CDS-PP e PPM elegeram 26 deputados, ficando
a três da maioria absoluta. O PS é a segunda força no arquipélago, com
23 mandatos, seguido do Chega, com cinco. BE, IL e PAN elegeram um
deputado regional cada, completando os 57 eleitos.