IL/Açores questiona Governo Regional sobre custos da Estrutura de Missão para o Espaço
17 de mar. de 2022, 17:15
— Lusa/AO Online
Em
requerimento entregue na mesa da Assembleia Legislativa Regional dos
Açores, o parlamentar questiona quanto, “desde a sua primeira nomeação,
custou à região o pagamento dos encargos com as remunerações do
coordenador e dos vogais da Estrutura de Missão dos Açores para o
Espaço, incluindo os valores associados às despesas de representação
pagas ao coordenador, discriminando os valores por ano”.De
acordo com uma nota de imprensa, Nuno Barata quer também apurar “que
razões relativas ao atraso de todo o processo do Porto Espacial de Santa
Maria são claramente imputadas ao XII Governo Regional e às quais os
membros da Estrutura de Missão são alheios ou não podem ser
responsabilizados”.O deputado da IL/Açores
interroga se “foram, conforme previsto no âmbito da estrutura de
missão, recrutados trabalhadores pertencentes aos quadros dos serviços e
organismos da administração pública central, regional e local e/ou
celebrados contratos individuais de trabalho a termo certo com objetivo
de prestar apoio na concretização dos objetivos definidos para a
referida estrutura”.Em caso de resposta
afirmativa, o deputado quer saber “quantos foram recrutados ou
contratados e em quanto as prestações oneraram os custos de
funcionamento da Estrutura”.Nuno Barata
lembra que, em 2017, o anterior Governo Regional (PS) “determinou criar
uma estrutura de missão com o objetivo de gerir, administrar e coordenar
todas as atividades científico-técnicas de índole aeroespacial que
venham a desenvolvidas no arquipélago”.Nuno
Barata afirma que o novo executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), prorrogou
por mais um ano o mandato da Estrutura, reconduzindo os elementos que
já a compunham.Em dezembro de 2021, o
Governo Regional voltou a prorrogar o mandato, determinando ainda que o
coordenador, pelo exercício das suas funções, “passa a ser remunerado
por equiparação ao cargo de direção intermédia de 1.º grau da carreira
dirigente da Administração Pública”.Nuno
Barata questiona as “razões que justificam a recondução”, uma vez que
“bastas vezes, têm surgido críticas dos principais setores económicos da
ilha de Santa Maria relativamente aos atrasos registados na
concretização do projeto do Porto Espacial”.A
IL/Açores quer saber “qual o valor dos honorários cobrados pelos
referidos ‘especialistas em matéria jurídica e espacial’, para a
elaboração dos documentos adequados para o lançamento do novo concurso
para a construção do Porto Espacial na ilha de Santa Maria”.A
secretária regional da Ciência dos Açores disse na quarta-feira que o
atual executivo (PSD/CDS-PP/PPM) só é responsável pelo atraso de quatro
meses no projeto do porto especial de Santa Maria, imputando o restante
tempo ao PS.“Da responsabilidade direta
deste Governo, o atraso está desde dezembro [data da decisão do tribunal
relativa ao primeiro concurso público lançado em 2021], ou seja, cerca
de quatro meses. O anterior Governo [PS] teve desde 2019 até outubro de
2020 para resolver este processo”, afirmou a titular da pasta da Ciência
nos Açores, Susete Amaro, numa conferência de imprensa, em Angra do
Heroísmo.Segundo a atual secretária
regional da Cultura, Ciência e Transição Digital, o lançamento do novo
concurso deverá ocorrer “dentro de poucas semanas” e é expectável que o
porto especial possa entrar em funcionamento num período de “dois anos”.