IL/Açores quer ilha de Santa Maria a ser discutida no parlamento regional
27 de set. de 2022, 12:02
— Lusa/AO Online
O
também líder da IL/Açores, que concluiu na segunda-feira uma visita de
cinco dias à ilha de Santa Maria, denunciou que o transporte de
doentes urgentes e não urgentes, por parte dos Bombeiros Voluntários de
Santa Maria, não “compensa sequer” os custos operacionais”.O
deputado, citado em nota de imprensa, referiu que a Associação
Humanitária de Bombeiros Voluntários “até final do primeiro semestre
deste ano, só com o serviço que presta à região, já acumulou um défice
operacional de 10 mil euros”, o que considerou “inadmissível”.Nuno
Barata apontou a “cada vez maior dificuldade de recrutamento de
bombeiros, sejam voluntários ou assalariados”, salientando que,
“qualquer dia o problema não será comprar uma ambulância, será ter
alguém para trabalhar com ela”.O
parlamentar defendeu a “importância da preservação ambiental aliada à
sustentabilidade turística da região”, apontando que é preciso pensar
“em formas de controlar acessos e cobrar entradas em vários locais
emblemáticos das ilhas”.Será uma forma
também de “garantir receitas próprias para a manutenção destes locais”,
sem que seja necessário à região ter que desembolsar outras receitas
para garantir a sustentabilidade futura dos principais pontos e sítios
de interesse e visitação, diz o deputado. O
líder da IL/Açores exortou, entretanto, o Governo Regional a “fazer
diferente para resolver problemas que se arrastam, em diversas áreas e
em diferentes ilhas, nalguns casos, há mais de 20 anos, sem que as
respetivas tutelas tenham dado quaisquer respostas”, apontando que Santa
Maria tem problemas crónicos semelhantes a outras ilhas da região.“O
que vamos fazer é contribuir, com as nossas iniciativas ou com a nossa
magistratura de influência, para alterar o ‘modus operandi’ que tem
vindo a ser seguido”, observou. “Todos me
dizem que há 20 anos que têm os mesmos problemas, que há 20 anos que
andam a apresentar à tutela os problemas, mas que não têm tido
resposta”, acrescentou. Para o deputado,
“se este Governo Regional, passados quase dois anos de mandato,
continuar a lidar com estes problemas da mesma maneira que o anterior
governo lidou durante 20 anos, certamente não vamos mudar nada”. “A
nossa intenção é contribuir para alterar este modo de fazer, porque só
fazendo diferente se conseguem resultados diferentes”, afirmou o
deputado.Os liberais apontaram exemplos
comuns às diferentes ilhas, como a “falta de valorização do trabalho dos
bombeiros, abandono dos setores da educação e da saúde, a falta de
fiscalização das zonas marinhas protegidas e das zonas de pesca,
problemas ao nível das redes viárias, entre outros”.