IL/Açores mais tranquila após reunião sobre futuro da SATA
12 de fev. de 2021, 14:00
— Lusa/AO Online
Após
conhecer o documento, apresentado na quinta-feira pelo presidente do
Conselho de Administração da SATA, o único deputado da IL/Açores afirmou
que, face à “importância que a companhia tem para o desenvolvimento
social e económico dos Açores”, os deputados saíram “um pouco mais
tranquilos e com a certeza que o conselho de administração tem um plano
para a Azores Airlines até 2025”, uma vez que se falava na sua possível
extinção.No entanto, Nuno Barata admitiu
que não saiu do encontro que teve com o Conselho de Administração da
SATA, juntamente com responsáveis de todos os partidos com assento
parlamentar nos Açores, com um “perfeito conhecimento do plano de
negócios, nem o que vai ser feito para atingir este desiderato de
reequilibrar a companhia até 2025”.O plano
de reestruturação da transportadora açoriana SATA prevê o regresso aos
lucros em 2023, com o presidente da administração da empresa a mostrar
confiança que, a partir desse ano, a operação seja "sustentável"."Se
conseguirmos concretizar tudo como temos planeado, por um lado, e se
não houver um agravamento das condições pandémicas ou outras coisas
quaisquer que possam vir a surgir, as iniciativas confluem para que 2023
seja, de facto, um ano de inversão e a operação se torne sustentável a
partir daí", declarou na quinta-feira Luís Rodrigues.No
plano, é estimada para este ano uma perda de 28 milhões de euros, em
2022 o resultado deverá andar perto do zero e, em 2023, já são admitidos
lucros na casa dos 23 milhões de euros.O plano de reestruturação da transportadora prevê, até 2025, poupanças totais de 68 milhões de euros.Luís
Rodrigues adiantou os "quatro pilares" que levarão às referidas
poupanças: a reestruturação da frota, a eficiência operacional, a
negociação com fornecedores e a agilização do trabalho.Na
agilização do trabalho, Luís Rodrigues incorporou campos como a redução
salarial, que será, no seguimento de negociações com sindicatos, de
10%, ou a "rescisão negociada de trabalhadores".O corte de 10% será aplicado aos vencimentos acima dos 1.200 euros brutos mensais, foi ainda revelado.Já
no que se refere à saída dos trabalhadores, o gestor declarou que
saíram já, em regime de reformas antecipadas ou pré-reformas, um total
de 48 quadros, sendo esperadas mais 100 saídas até 2023.