IL/Açores lamenta abandono de antigos complexos norte-americanos na Praia da Vitória
12 de out. de 2023, 18:29
— Lusa
Segundo
um comunicado do partido, o parlamentar Nuno Barata lembra que “os
bairros ‘Beira-Mar’ e ‘Nascer do Sol’ foram cedidos pela Força Aérea dos
Estados Unidos da América ao Governo Regional dos Açores, em 2015”, na
sequência da redução do pessoal militar da Base das Lajes, na ilha
Terceira.O deputado único da IL no
parlamento açoriano criticou “a situação de abandono total, de falta de
utilização de duas áreas habitacionais fantásticas, numa ilha com graves
carências de habitação social, de habitação para jovens casais e para
famílias da classe média”.Após uma visita
ao local, Nuno Barata manifestou-se “profundamente chocado com a
incapacidade de quem tem governado a região” nos últimos anos, por ter
deixado ao “abandono total” os complexos onde estão construídas
“centenas de moradias” que “podiam e deviam estar a colmatar as
carências da ilha Terceira em habitação social, em habitação para jovens
casais e para famílias da classe média”.Na
sua opinião, o estado a que os governantes da região deixaram chegar
aquelas infraestruturas “é um bom indicador da forma como no passado,
nos 24 anos de governação do PS, se olhou para os problemas da ilha
Terceira e para a gestão adequada do património da região”.Também
agora, “ao fim de três anos de uma nova maioria parlamentar de direita
[PSD/CDS-PP/PPM], não foi feita qualquer gestão adequada destas centenas
de habitações fechadas, abandonadas e em degradação”, lê-se.“É
lamentável constatar que, ao fim de quase um mandato desta coligação
com altos responsáveis políticos e partidários da ilha Terceira, estes
dois bairros continuem na mesma situação de abandono do que em dezembro
de 2020 quando tomaram posse PSD, CDS e PPM para o Governo”, afirmou o
deputado liberal açoriano, citado no comunicado.Barata
referiu ainda que só na ilha Terceira, segundo dados do próprio Governo
Regional, existem “mais de 660 casas de habitação que são património da
região e que deviam estar ao serviço da população que se está a ver
profundamente confrontada com dificuldades de arrendar ou comprar casa
para habitação própria permanente”.O
executivo de coligação, “além do imperativo de preservar o património da
região”, principalmente o que possa representar perigo público, por
questões de segurança ou de salubridade, assumiu “encarar o património
como um ativo regional e, a prazo, poupar despesa pública em
arrendamento, enquanto, simultaneamente, se qualifica este património e
se qualifica o tecido urbano regional”, segundo o deputado da IL/Açores.