IL/Açores defende Orçamento de "rigor nas contas públicas e no investimento"
23 de nov. de 2022, 18:52
— Lusa/AO Online
“Não
há um orçamento que acuda às famílias e às empresas, de forma
transversal e honesta, senão um orçamento de rigor nas contas públicas e
de rigor no investimento. O melhor orçamento, o único orçamento que
serve, efetivamente, às famílias e às empresas é um orçamento que reduz
impostos e que não prevê a contratação de mais dívidas futuras, não se
assumindo mais encargos que onerem as gerações que nos seguirão”,
afirmou Nuno Barata.O parlamentar, que tem
um acordo de incidência parlamentar com o PSD para garantir maioria
absoluta aos partidos do Governo (PSD/CDS-PP/PPM), fazia a intervenção
final do debate sobre o Plano e Orçamento para 2023, que devem começar a
ser votados na quinta-feira. “A
Iniciativa Liberal entrou neste processo, em 2020, com um enorme sentido
de responsabilidade e com um compromisso assumido com os açorianos: o
de uma vez eleito, o deputado Liberal fazer a diferença”, salientou.Nuno
Barata disse que já fez “essa diferença”, por exemplo na descida, em
30%, dos impostos (IRS, IRC e IVA), garantida no orçamento para 2021.“Fizemos
a diferença com a redução das necessidades de endividamento em cerca de
143 milhões de euros, no Orçamento para 2022, e não foi menos porque
foi preciso assumir os buracos da SATA que a região herdou da
desgovernação socialista”, sustentou.No
Orçamento para 2023, a IL faz a diferença “garantindo, de forma
inequívoca, que a região se governará sem recorrer ao endividamento
líquido e com a garantia da alienação de mais de 51% da Azores Airlines e
da separação das empresas do Grupo SATA, estancando assim a sangria de
recursos financeiros que a companhia aérea já fez nos Açores e,
consequentemente, nos bolsos dos açorianos”, acrescentou, lembrando que
nos últimos 20 anos a dívida da região “aumentou cerca de 900%”.Nos
últimos 10 anos, prosseguiu, “os encargos da SATA com a Azores Airlines
dispararam para os 600 milhões de euros” e “o problema é que cada euro
de dívida da região e das empresas públicas regionais é menos um euro
disponível para apoiar as famílias e as empresas”. Trata-se de “mais um euro de imposto que vai ter que ser cobrado amanhã”, avisou.“Ainda
ontem [terça-feira] ouvimos dizer que o endividamento zero é uma coisa
importante, mas que este não é o momento. Lamento contrariar os doutos
académicos, mas este é o momento e quem decide somos nós, legítimos
representantes do povo do Açores, porque somos nós que seremos julgados e
responsabilizados, no futuro, pelas decisões tomadas aqui e agora”,
afirmou. Nuno Barata defendeu ainda que
“só há uma forma de o Estado, as regiões e das autarquias promoverem
políticas de defesa das famílias e das empresas: apresentando e
executando orçamentos que reduzam impostos e evitem ou reduzam dívida
futura”. O parlamentar notou que o
Orçamento dos Açores “aumenta o cheque pequenino, aumenta o complemento
ao salário mínimo, aumenta a remuneração completar para os funcionários
públicos”.Para além disso, nos Açores “não
se registará qualquer aumento de impostos, deixando na economia
regional, nas famílias e nas empresas, mais dinheiro disponível para
fazer face à crise inflacionista”, acrescentou.O
deputado destacou também, relativamente a 2023, “a separação da Azores
Airlines das demais empresas do grupo SATA, salvaguardando-se a
fundamental SATA Air Açores e não impondo aos açorianos a obrigação de
enterrar mais um cêntimo numa companhia aérea que se revelou um
autêntico sorvedouro de dinheiro público por má gestão socialista”. “Bom
seria que não fosse preciso gastar um cêntimo em apoios sociais – seria
sinal de que a trajetória de pobreza que esta região vem seguindo nos
últimos anos teria sido invertida. No entanto, o legado do PS deixou uma
herança difícil de superar”, disse.O
Orçamento dos Açores para 2023, de cerca de 1,9 mil milhões de euros,
começou a ser debatido na segunda-feira no plenário da Assembleia
Legislativa Regional.