Açores/Eleições
IL acordou com o PSD medidas mas não cargos e recusa populismo do Chega

O presidente da Iniciativa Liberal referiu, esta segunda-feira, que no acordo “apenas com o PSD” para viabilizar um Governo nos Açores, pediu medidas “em favor dos açorianos” e não cargos nem privilégios, comprometendo-se a recusar “o populismo do Chega”.


Autor: Lusa/AO Online

Num vídeo enviado à comunicação social e divulgado nas redes sociais do partido, João Cotrim Figueiredo explicou que “a Iniciativa Liberal nos Açores chegou a acordo com o PSD regional para viabilizar uma solução de Governo”, remetendo os detalhes do acordo para uma conferência de imprensa, na terça-feira, do deputado regional e coordenador do partido nos Açores, Nuno Barata.

“Não pedimos cargos, não pedimos privilégios, pedimos medidas que beneficiassem os açorianos. E mantivemos a liberdade”, sintetizou.

Assim, de acordo com o líder liberal, o partido manteve “a liberdade de votar contra quaisquer medidas que sejam propostas seja por quem for e que vão contra as convicções liberais ou aquilo que seja o mais elementar bom senso”.

“Recusámos o nepotismo do PS, recusaremos o populismo do Chega”, comprometeu-se.

O entendimento da Iniciativa Liberal sobre o mandato conquistado, pela primeira vez, nas eleições regionais dos Açores foi “sobretudo o de acabar com 24 anos de hegemonia socialista naquele arquipélago”.

“Devemos usar esse mandato em benefício dos açorianos e por isso optamos por negociar com o PSD - e apenas com o PSD - um conjunto vasto, cerca de uma dúzia, de medidas em favor dos açorianos e que devem constar do programa do futuro Governo”, explicou.

As medidas acordadas, segundo com João Cotrim Figueiredo, são “muito diversas” e vão “desde privatizações a melhorias no transporte marítimo, transporte aéreo, na rede de energias renováveis”, passando ainda pelo “desagravamento fiscal e um conjunto de medidas para acabar com as listas de espera no setor da saúde”.

“Tudo em benefício dos açorianos”, sintetizou.

O deputado considera que esta “não é uma vitória para a Iniciativa Liberal”, mas sim “uma vitória para os açorianos que terão assim uma hipótese de ter uma vida melhor, com medidas mais liberais no programa do Governo”.